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Nami Izakaya e sua costela chinesa

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Depois de um tempo afastada do blog, ora por motivos tecnicos, ora por trabalho demais ou por uma semana de gesso, cá estou eu, de volta!

Numa bela sexta feira eu e o Di fomos prestigiar o restaurante de um amigo meu, o Jorge, lá em Santo André.

E vou dizendo logo, não é porque é amigo meu que a critica é tendenciosa!

Bom, chegamos no local, uma casa super bem decoradinha, de esquina. Entramos e nos deparamos com um ambiente aconchegante e ao mesmo tempo bem tradicional.

A principio achamos a divisão do cardápio um pouquinho confusa, mas logo nos achamos e achamos o nosso prato, já que se é uma coisa que não nos apetece é o tal do peixe cru, envolto em arroz empapado com borracha de pneu... Com todo respeito à arte belíssima que é a culinária japonesa, mas sushi e sashimi (e derivados) são coisas provadas e re-provadas que não me descem de jeito nenhum!

Ou seja, fomos numa aventura nada tradicional e vou dizer, se a proposta era ousar numa culinária japonesa contemporânea, isso foi conseguido.

De entrada, uma espécie de croquete de carne, puxado no curry e de crocância inimaginável, delicioso (comeria um agora se tivesse...) e inesperado. Nosso bem servido prato foi uma costela suína com barbecue chinês, uma versão mais sutil e adocicada do famoso molho americano.



Sem exitar, foi a costela mais macia que eu já comi na vida e olha que eu e o Di somos curiosos e xeretas neste assunto. Surpreendente como a costela supera de longe, muitos locais que se dizem especializados neste corte, vou alem, superou até grandes churrascarias. A carne descolava dos ossos sem esforço, somente com o passar do garfo e na boca então... hum... derretia. Para este prato, só achei que faltaram acompanhamentos.




Como não tinha acompanhamentos, pedimos espetos de cebola grelhada e outro que achei delicioso, espeto de shimeji com bacon.

Para mim, outro ponto, que pode ser minimalista demais, mas ganhou pontos, foi a forma de servir o shoyu: em pequenos jarrinhos cerâmicos ao invés de colocar aquele vidro de sakura na mesa. Alias, toda a cerâmica, artesanal, é linda e impecável.

Posso dizer que saímos hiper satisfeitos e pretendemos voltar levando um casal de amigos que curte a parte crua da cozinha japonesa.

Ah, sim, claro, uma revelação, finalmente aprendi a comer com palitinhos!

********************** DUAS SEMANAS DEPOIS *******************

Numa sexta tambem, voltamos com um casal de amigos e esses sim, curtem a tal comida de peixe cru.

Na segunda visita notamos que o serviço foi um pouco mais lento, mas de qualquer forma, eficiente. Talvez porque estavamos atras de um pilar e os garçons ficam num cantinho, perto do bar, sem visão para todas as mesas.

Meu prato com o Di foi, claro, algo bem cozidinho: uma paleta que vem desfiada e tenra, acompanhada de varias coisinhas tipicas, como broto de bambu e mix e cogumelos e um baldão de alface. A idéia (muito bem sacada) é enrolar a carne com os acompanhamentos na folha e comer como um temaki. Eu fui de garfo e faca mesmo, mas garanto que as duas formas são sensacionais. rs



Ja nosso casal de amigos, Mari e Paulo, pediram a tradicional barca de sushi/sashimi. Estava linda, bem montada, bem servida e impecavelmente fresca. Eles, bom conhecedores de japonês adoraram e pasmem, ate me arrisquei (e gostei) a comer um hot roll. No cardapio a sugestão é para duas pessoas, mas, eles nao exitaram e pediram logo p/ embrulhar o que sobrou p/ viagem.



Depois de duas visitas, concluo que o lugar é super familia, agradavel, confortavel e acolhedor. Para quem é fã das iguarias "cruas" é um deslumbre e um passeio gastronomico numa cozinha japonesa contemporanea. Já para mim (ou para o Di) que preferimos algo assim... mais morto, fica um pouquinho a desejar na parte de massas e como ja dito, em acompanhamentos.

Recomendo mesmo a costela!

NAMI IZAKAYA
Rua Coronel Ortiz, 430 - Vila Assunção
Santo André / SP

P. J. Clarke´s

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O Di comprou nesses sites de compra coletiva que se proliferam pela internet, tickets para o P. J. Clarke´s. Acabamos indo lá, na terça passada após irmos na avant premiere do Salão do Automóvel (Ok, invejem-me).

Chegamos lá, já estava meio vazio e tarde, mas mesmo assim o atendimento foi solicito, apesar de eu ter pedido uma “Coca Zero” e o garçom me perguntar se eu queria “normal ou light”... na segunda vez que ele perguntou eu respondi: “Só quero a zero mesmo”.

O voucher dava direito ao lanche, com a escolha do queijo e do acompanhamento. O Di pediu com queijo americano acompanhado de batatas em cubos com cebola caramelada e eu pedi o meu com queijo ementhal e onion rings.



Vou direto ao ponto, o lanche é bem “Ok”, não tem nada de extraordinário para ter sido considerado pela segunda vez o melhor lanche de São Paulo. Pão normal, hambúrguer de sabor bem caseiro, pouco queijo, rodelas de tomate frias, nenhum molhinho, e bizarramente, o sanduíche vem sobre uma imensa e grossa fatia de cebola crua.

A batata em cubos do Di estava gostosa, mas para mim poderia ser um pouco mais crocante, e eu adorei meus rings de cebola, bem fininhos e extremamente crocantes.



Confesso que não me atentei aos preços por estarmos com o voucher, mas obviamente não é um lugar barato. Valeu pelo ambiente, me lembrou demais o café Tortoni de Buenos Aires, o jazz tocado ao vivo e os tais aneizinhos de cebola.

Antes que me esqueça, o cardápio é bem fraco no quesito “sobremesas”.

P. J. Clarke´s
Rua Mario Ferraz, 568 – Itaim
http://www.pjclarkes.com.br

Uma semana chilena

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Algumas pessoas ficaram na expectativa do meu post sobre a gastronomia chilena, sobretudo porque sabem que eu e o Di fazemos incursões a fundo na cultura local e a parte da “comilança”, não poderia ficar de fora, claro, pois, se refletirmos calculadamente sobre isso, perceberemos que a característica da comida de um povo traz em si tudo o que ele foi e viveu no passado, seja uma colonização ou uma guerra.

Sem medo de ser feliz (ou não lida) e encorajada pelo curso que fiz “Comer e escrever”, aqui vai um relato desde nossa chegada ao Chile, fugindo um pouquinho do tema as vezes, mas sempre pensando em lhes trazer linhas de saborosa leitura.

1º dia: Embarcamos cedinho de Guarulhos e depois de uma quase intragável comida de avião, descemos em solo chileno com uma hora de fuso horário ganha. Depois de trocar dinheiro, negociar o táxi (barato), fomos nos instalar no hotel. Depois de instalados, começou nossa saga pelas delicias chilenas.
Logo de cara achamos uma rede de fast food que só vendia cachorros quentes, e percebemos que o tal lanche é preferência nacional. Existem varias redes diferentes que competem igualmente com o Sr. Ronald neste quesito. Tem basicamente cachorro quente de tudo e com tudo, claro, bem diferentes dos “dogões prensados” que encontramos aqui no Brasil, mas vou dizer, bem mais gostosos. Posso destacar algumas peculiaridades: os tamanhos que vão do ‘normal’ ao enorme, os 06 tipos de molho oferecidos à vontade e a palta, vulgo, abacate. Isto mesmo, você não leu errado, é abacate mesmo, feito em pasta de forma natural (sem temperos). E como eles gostam de abacate... em poucos minutos na rede Doggis o que mais vimos foram cachorros quente saindo, recheados desta pasta verdinha e muito estranha ao nosso olhar.
Como era nosso primeiro dia, não quisemos arriscar (até porque não sou muito fã da fruta) e pedimos lanches pequeno e médio, da forma classica: maionese,salsicha, um tipo de batata palha, bacon e os tais molhinhos para completar. Para você que como nós viaja para conhecer lugares de “nativos” e não somente os caros restaurantes de turista, recomendo, vá ao Doggis e divirta-se com combos que giram em torno de R$ 12,00.

A noite, meio sem rumo e mal guiados pelo Google maps, fomos parar num recatado café, numa esquina ao centro de Santiago. O cardápio pouco extenso oferecia lanches comuns, mas em pão estilo ciabata por cerca de R$ 10,00 cada. O Café de las Artes não era assim um local tão bonito e atrativo quanto os que nos cercavam, mas o cardápio estava mais de acordo com nossa pouca fome. Mas, la vieram dois lanches extravagantes, num pão delicioso. O meu, com generosos cubos de frango e ambos com fatias inacreditaveis de champignon paris fresco.



2º dia: Depois de um café da manhã bem “mais ou menos”, sem opções de frutas, um tipo de pão tipico, redondo, meio duro, um tipo de queijo, embutidos estranhos... saimos para conhecer o mercado central e nos deparamos com um enorme mercado de peixe. Peixes exóticos, comuns, mariscos, muitos, enfim, tudo o que provém do mar exalando cheiro de produto “vivo”, fresco, recem pescado. No meio do mercardo um enorme restaurante para turistas ao lado de duas modestas barracas de frutas.
Eu já havia comido a tal da centolla em Ushuaia, mas queria provar a “bichinha” novamente, mas 49mil pesos estava um pouco alem do que gostariamos de gastar. Paramos então na barraca de frutas e descobrimos morangos gigantes e pouca coisa desconhecida para nós hoje em dia, como o “pepino doce” (que tinha gosto daquela parte branca da melancia), a chirimoya alegre (parente proxima da fruta do conde) e a lucuma (uma prima amarela do abacate, com mesmo cheiro de gordura e largamente usada na fabricação de varios tipos de doce).
Gastando todo meu espanhol com o garoto da banca de frutas, ele nos recomendou um restaurante para chilenos, e claro, não sem antes negociar, sentamos para degustar a comemorada centolla por 30mil pesos (cerca de R$ 120,00), acompanhada de 03 guarnições e pisco sour (a caipirinha chilena).
Depois de nos colocarem babador lá veio o caranguejo gigante de aparencia nada amigavel, mas que logo foi destrinchado habilmente pelo garçom que colocou em nossos pratos somente pedaços da tenra e saborosa carne de centolla. Um sabor suave de caranguejo em algumas partes lembrando kani kama, mas de uma textura extremamente gentil ao tocar as papilas gustativas empolgadas e curiosas.
Depois de uma bela refeição economizando uns R$ 70,00 pegamos nossa excursão para Concha y Toro, um lugar lindissimo, mesmo no inverno, onde as vinhas secas e sem exuberancia ainda são um atrativo convidativo à degustação dos vinhos. Após um passeio pela vinicola (e compras nada moderadas de vinagres de uvas especificas), de volta à Santiago já quase na hora do jantar, onde resolvemos conhecer a parrillada chilena.
Para quem já esteve em diferentes regiões da Argentina e conhecendo diversas maneiras de se preparar o mesmo, digo por experiência que a parrilla chilena é muito mais interessante ao nosso paladar: carnes mais macias e diversas, porém sem beirar a esquisitisse do choripan. Aproveitei e provei uma cerveja local e super famosa, a Escudo. Não sou grande apreciadora de cerveja clara, mas aquela era leve e suave como um bom chopp.



3º dia, domingo: Ida as cidades de Valparaiso e Viña del Mar. Ambas as cidades tem seu encanto, Valparaiso uma carga mais historica e a população judiada pela decadencia da mesma depois da abertura do Canal do Panamá, já que grandes cargueiros já não precisam mais passar por lá para chegar ao Pacifico. Vinã del Mar é mais moderna e badalada, mas compartilha do mesmo mar gelado que banha toda costa do Chile. Como estavamos em excursão ficamos “engessados” em almoçar em um restaurante especifico, o Delicias del Mar. Eu optei por uma sopa creme de mariscos de entrada, que estava deliciosa, eu e o Di optamos pelo mesmo peixe de prato principal, não me recordo o nome do peixe, mas estava bem saboroso sob um creme branco com aspargos. Os sucos (extremamente adoçados, tradição no Chile) e as sobremesas deixaram bastante a desejar.
Diferentemente da frenetica São Paulo, Santiago se resguarda aos domimgos, então para jantar tivemos que apelar para o bom e velho shopping, que fica sempre aberto até as 22hr. Aí não teve jeito, só os fast foods familiares, e outros meio duvidosos, então fomos de Pizza Hut e Taco Bell, sem novidades.



4º dia, segunda: Para mim, um dos dias mais esperados, dia de verdadeiramente conhecer neve! Eu já havia tido contato com neve em Ushuaia (a cidade mais austral do mundo), no mes de janeiro, mas não era uma profusão de neve, afinal, era verão! Mas agora era diferente, era muita neve e era inverno!
Depois de uma subida muito peculiar na serra do Valle Nevado, onde pacotes de salgadinho abriam sozinhos numa pequena explosão como rolhas de champagne devido a ausencia de pressão atmosferica chegamos ao local onde eu (e muitas outras pessoas) voltaram a ser crianças, “bem alí”, a mais de 3mil metros de altura.
Depois de andar, cair, deitar, fazer guerra de neve foi hora de uma pequena pausa para o almoço em um restaurante bonitinho, mas extremamente mal preparado para receber tantos turistas na estancia Mirador de Farellones. Após ler e reler o cardápio e muita insistencia para fazer o pedido fomos nos deparando com as frases “nao temos mais / acabou...”, hum... “então o que vocês tem?”; “pizza”.
Pois é... pizza para almoço... não nos empolgamos nem um pouco, especialmente depois de ver perto do hotel umas pizzarias bem duvidosas. Escolhemos sabores neutros, tal como mussarela e a outra metade com tomate seco e qual não foi nossa surpresa? Uma pizza de massa fininha e crocante mas que lembrava uma bolachinha de agua e sal, bem recheada, enfim, deliciosa.
A noite perguntamos ao nosso guia onde comer comida “tipicamente tipica” e ele indicou, ali pertinho de onde estávamos, na rua dos bons tragos, logo atrás do famoso Patio Bellavista. Mas como era mesmo o nome do restaurante que o Ismael havia indicado? Eu e o Di sabiamos que iriamos reconhecer assim que vissemos o nome, e não deu outra, numa esquina, com uma fachada menos clara que as demais o simpatico Galindo. Mais simpatico foi o garçom que nos atendeu (que sim, nem imaginou que eu era brasileira e veio questionar minha “fluencia” no espanhol) e logo recomendou o famoso pastel de choclo (para o Di) e os porotos con longaniza, que sobrou para mim, já que o Di destesta feijão.
O pastel de choclo é muito semelhante ao nosso escondidinho, porém a massa é bem mais liquida e claro, feita de milho puro, chegando a ser um pouco doce. Sob esta massa uma mistura de carnes desfiadas (frango, boi, presunto, etc) com uvas passa, azeitonas, etc. Muito gostoso e muito tipico



5º dia, terça: Foi dia de andar, subir, andar, subir, andar, subir e andar, andar e andar... isto porque fomos desvendar o centro de Santiago e isso incluia subir no ingrime Cerro Santa Lucia; uma colina cheia de historia, belezas e surpresas. Após subir muitos “pares de escaleras” foi hora de descer e caminhar por todo “casco antiguo”, com seus predios historicos, sua biblioteca sobrevivente ao terremoto, a casa da moeda ou palacio do governo, etc.
Aliás, o Chile, ou o que conhecemos dele, está quase que completamente recuperado do terremoto, um ou outro prédio historico ainda está fechado para reforma, como alguns museus, mas no geral, quase não se vê rastro daquele terror.
Neste dia perdemos a hora, mas nos deixamos guiar por nossas pesquisas e fomos para a auto intitulada “melhor sorveteria da america do sul”, o Emporio la Rosa.
Uma esquina pequena, simpatica e acolhedora que logo de cara lhe oferece sabores inusitados de sorvete, empanadas quentinhas e chocolate quente de tamanho “GG” (eu jamais poderia esperar uma xícara tão grande!). Pedimos a empanada mais tipica, a “pino”, ou seja, recheio de carne bem moida e temperada com bastante cebola, bem refogada, que quase se desmancha.
O chocolate quente e as empanadas estavam muito bons, mas o cappuccino do Di, estava “ok”, com crema (ou espuma de leite), mas meio sem sabor. Aliás, uma coisa interessante no Chile é o consumo do Nescafé, sim, nescafé, descrito assim, não somente um café soluvel mas o tal nescafé, que disputa igualmente com o espresso um cantinho do cardapio e até nas barraquinhas de cachorro quente espalhadas pelas ruas.
Depois da parte quente, tivemos que experimentar os sorvetes, arriscamos os sabores: chocolate com manjericão (já estavamos acostumados com essa mistura, inclusive um dos meus docinhos mais comemorados é o de manjericão), mel de lumo (uma flor tipica), framboesa com pimenta e lucuma, uma fruta tipica, que por exceção da cor lembra muito o nosso abacate (mas as que compramos in natura estavam terrivelmente verdes e impossiveis de comer).
O sorvete realmente é maravilhoso, mas no meu quesito sorveteria (e olha que conheço muitas, muitas mesmo) ainda perde para a Sumo, uma portinha recheada de delicias inusitadas como o super dulce de leche, localizada proximo ao bairro de San Telmo em Buenos Aires.
De noite, tivemos que repetir a experiencia “Galindo”,mas dessa vez só pedi uma cerveja escura, envelhecida e eu e o Di compartilhamos uma porção de fritas molengas (acho que é o tipo de batatas que eles usam) com uns cubos de carne... enfim, uma porção estranha.



6º dia, quarta: fomos andar no bairro de Providência, um bairro lindo, arborizado e com cara de primeiro mundo. Na hora do almoço paramos numa região cheia de restaurantes, com mesinhas na calçada, optamos por um de estilo alemão. O Di optou por um bife empanado e recheado de queijo e presunto acompanhado de pure de batatas, ou, “milanesa de lomo con pure de papas” ou ainda “escalopa” ou “kaiser”, como é mais conhecido no Chile. Eu, há dias estava tentando comer o tal do “lomo a lo pobre” que vi em inumeros cardapios ao longo da nossa viagem e até tal momento ainda não tinha conseguido, então, não tive duvidas, essa foi a minha opção, acompanhado pela cerveja alemã Schofferhofer sabor pomelo ou grapefruit para quem preferir.
O prato do Di estava super saboroso e eu finalmente descobri o que era o lomo a lo pobre: um bife bem feito, acompanhado de batatas fritas (moles, como ja mencionei, acho que está diretamente a qualidade da batata que eles tem por lá), cebola refogada e 02 ovos com gema mole. Quem me conhece sabe que eu a-do-ro batatas fritas molhadinhas na gema mole do ovo (coincidencia ou não, estou comendo isto neste exato momento). Então, não é necessário dizer que eu adorei o lomo a lo pobre! Mas é necessário dizer sobre as 3 bisnagas de temperos que são recorrentes em todos os restaurantes, bares, barraquinhas de cachorro quente: amarelo = mostarda, vermelho = ají (pimenta), verde (sim, verde) = catchup. Nós ja tinhamos descoberto isso, mas esqueci... e enchi minhas batatas com pimenta... :o(
A noite, para comemorarmos mais um mes juntos, eu e o Di fomos enfim jantar no Patio Bellavista, no Mosai Cafe: lugar descontraido, de um cardapio impecavel, de ambiente agradavel e preços um pouco caros, mas ainda sim, justos, do tipo de lugar que falta em São Paulo. De entrada uma porção bem diversificada, que continha até champignons frescos empanados, o Di, resolveu desvendar o lomo a lo pobre e eu, pedi congrio, empanado com amendoim acompanhado de legumes, salada e uma cestinha de massa com molho branco com champignon (alias, eles adoram champignon fresco), milho e presunto. Tambem pedi um drink maravilhoso de pisco, enfim, um jantar sofisticado, preço justo e pratos realmente deliciosos.



7º dia, quinta: Foi dia das ultimas compras, arrumação de malas, visita a casa de Neruda e ao Cerro San Cristobal (lugar de magia indescritivel) e, dia de encarar finalmente um lanche com “palta”. Paramos numa lanchonete (Fresia sangucheria) e criei coragem, pedi logo um hamburguer com a tal pasta de abacate que os chilenos tanto gostam.
Foi um hamburguer tradicional, ou quase, pois para começar, o pão que eles utilizam é o mesmo do café da manhã, dos antepastos, etc, meio cascudinho, com marquinhas de garfo, massudos e “pesados”. E a grande diferença estava na pasta do abacate, sem tempero algum, por isso enfatizo, uma pasta de abacate, bem diferente de dizer uma guacamole. Confesso, bem gostoso, especialmente para quem esta aberto a descobrir sabores inusitados, porém, não sei se pelo tamanho do lanche, no fim, me senti, digamos, “empapuçada” pela gordura natural do abacate.
No jantar, mais uma noite no Galindo, onde estavamos prestes a deixar o melhor garçon e a "mejor cena". Deste jantar destaco a sobremesa... fazia dias estava vendo em mercados um tal de "papaya", mas não achava a fruta in natura, somente em conserva e em forma de suco em pó. O desenho da embalagem do suco ou a conserva nada lembram o nosso papaya, então, pedi de sobremesa do jantar, o tal do papaya con crema. O papaya é uma fruta tipica de lá, que não sei explicar bem o que é, mas é como se fosse um pessego (no caso, em calda) mas com um sabor mais para o damasco, porém o formato... tem mais a ver com um pimentão, ele é oco e esquisito, mas bem gostoso e a tal da crema, um simples creme de leite.



Em resumo (e desculpe pelo longo post e obrigada a quem leu), o Chile, em termos gastronomicos, é um pais que consegue misturar a tradição com o moderno, o mar com a terra, o conhecido com o desconhecido, mas tudo com muito sabor, abacate e ají.

Bom almoço e bom café no ABC

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Seguindo a recomendação de uma amiga (virtual especialmente), eu e o Di fomos semana passada almoçar no “Dona Lina e Seu Luigi” lá em S. Caetano do Sul.

Chegamos meio tarde, por motivos alheios a nossa vontade e eu meio irritada pq talvez tivesse que buscar minha avó na rodoviária e minha mãe, tinha fugido da responsabilidade indo dar uma passeada em Embu, afinal, fazia um sábado lindo de sol e calor um pouco além do gentil.

Logo achamos a casinha, localizada na Rua Tiradentes, 400 (2311-2773), muito charmosa e aconchegante, com algumas mesinhas na parte exterior, mas, preferimos sentar na parte de dentro.

Olhando de dentro para fora, através das grandes janelas que permitiam todas as nuances do dia claro entrarem, podia-se ver uma mesa grande, cheia de senhores e senhoras alegres, celebrando sob grandes guarda-sois alguma ocasião especial, ou simplesmente o momento de estarem juntos.

Logo fomos atendidos cordialmente pela dona e na sequencia pela garçonete, que nos trouxe o cardápio. O menu é conciso mas oferece todo o necessário para satisfazer a todos os paladares.

De entrada, nos deliciamos com a porção de bruschetta de abobrinha, que trazia em crocantes torradas, não tão finas fatias grelhadas do legume, regadas sem pudor com azeite.

Eu pedi meu classico parmeggiana: file a milanesa, recoberto com molho de tomate, queijo, acompanhado de arroz e fritas. Quando o prato chegou eu pensei: “nossa, é grande”. E de fato era bem grande, cheio de queijo derretido e bem gratinado. Porém estava um pouco sem sal (e olha que minha comida é quase hospitalar) e meio “nervoso”. Mas de forma geral o prato estava muito bom, mas faltou aquele suspiro no final.

Já o Di pediu um entrecote com alho poró, pimenta biquinho, arroz e fritas. Bem servido e apresentado, segundo ele, pecava por estar um pouco frio e passado além do ponto. Talvez, uma solução interessante seria misturar o alho poró no arroz, ao invés de servir um arroz branco comum. No geral, o prato também estava bom, porém nada inesquecível, mas isso não foi exclusividade do Dona Lina e Seu Luigi, pois já jantamos em restaurantes estrelados, como Carlota, e não lembramos de nada alem do souflè de goiabada com calda de catupiry, aliás, facilmente reporoduzido em casa.



Para o desfecho, as tradicionais sobremesas, mas haviam duas que pareciam meio indecentes para qualquer dieta, mas estavamos tão satisfeitos que preferimos pular direto para o café, porém, no Royalle Café.

O Royalle Café se chamava Café Bandeiras, justamente por ficar na rua das Bandeiras em Santo André. As donas eram curiosas estudiosas de café e inventaram um dos melhores cafés gelados que eu ja tomei; um cappuccino gelado com manjericão. Porém o novo dono não o manteve no cardápio e tornou o café uma longa e entediante oferta de misturas de paçoca, gengibre, cardamomo e creme de avelã.

Mas há sim coisas muito boas por lá, como por exemplo, o ambiente e uma completissima carta de cervejas. Mesmo dentre os cafés pode-se encontrar itens como estes: o café com sorvete de menta e o café com calda de amarena, ambos maravilhosos.



Uma pena o local está sempre meio vazio, vale a visita, é um daqueles lugarzinhos que oferece o necessário para se passar uma tarde jogando uma boa conversa fora.

Entrecôte de quem???

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Eu ainda estou num ritmo meio frenetico, me adaptando à nova vida de morar sozinha, saindo cedo de casa e voltando, nao tão tarde assim, mas tendo na cabeça uma lista de coisas domesticas a fazer. Além disso, a conexão 3G da Claro tem me oferecido experiencias quase emotivas, fazendo me lembrar daquele velho modem que rangia como um gato sendo torcido dentro da cpu para conectar a uma linha discada, ou seja, impossivel tentar sequer abrir a pagina do blog para postar alguma coisa... a lentidão desanima...

Então peço desculpas aos meus poucos e bons leitores pela demora na atualização do blog, mas na medida do possivel vou tirar o atraso.

Hoje vou falar de um daqueles dias que meu desejo era simplesmente chegar em casa, colocar o pijama e deitar... mas, de uma maneira bem curiosa (dando sumiço no meu pijama) o Di me convenceu a sair para jantar.

A principio, eu não sabia aonde estavamos indo, mas depois de uns 40 minutos estacionamos na frente do tão falado “L´Entrecote* de ma tante”.

Como era um dia de semana e relativamente cedo (era nossa segunda tentativa de ir lá), entramos rapidamente e logo fomos acomodados em uma mesa. O meitre logo nos atendeu com uma pergunta que soou como um inquerito: “Já conhecem o esquema da casa?”... a resposta foi “sim”, pois já tinhamos lido muito sobre o local, mas achei que ele poderia ter sido mais cordial, mas sem o exagero do Applebee´s (rs).

Recebemos a carta de vinho, que, “para variar” não oferecia opções de meia garrafa ou taça, mesmo, constando para venda e como o Di não bebe... uma garrafa seria um exagero. E mais uma vez fiquei sem vinho, pois só fomos saber das outras opções bem depois. Mas ao ver a mesa ao lado, percebi que não valia a pena pedir taça de vinho lá, eles servem o tinto em uma taça “iso” que é uma taça pequena, usada somente para degustação, não servem o vinho comprado em taça, em uma taça regular de tinto.

Perguntei que sucos eles tinham, pois também nao havia no cardapio e a resposta foi “laranja e limão”. Eu não achei que eles levavam a padronização tão a serio! Ao mesmo tempo o garçon perguntou em que ponto queriamos a carne, para mim, sempre bem passada e para o Di ao ponto. Aí a gente percebe como brasileiro não entende nada de carne, que sempre acha que bem passado é algo entre pneu recauchutado e sola de sapato e que a carne levemente rosada no meio é a mal passada... Enfim, adendos a parte, literalmente, meu suco de laranja estava bem ruinzinho, sem gelo e com um gostinho de artificial, alem de vir naqueles copos altos e esguios, que para tomar até o fim vc termina encaçapando o nariz dentro do copo de tando que tem que entorna-lo.

Chegaram as saladas padrão: folhas (de alface) com um molho (ponto). Só depois fui descobrir que era de mostarda, porque nao senti o gosto.



Voltando a carne, o garçon marca com caneta, no papel que recobre a mesa o estilo da carne que o cliente pediu... do lado do Di letra P de “ponto” e do meu lado “BP” de bem passado. Achei isso meio feio, sei lá, poderiam colar uma etiquetinha na mesa ou simplesmente colocar um cartãozinho sobre ela... Assim que terminamos a salada veio o tal do entrecote* ladeado de fritas. Para mim e para o Di a carne estava espetacular, suculenta e muito macia e as batatas, huuum... bem pequenininhas, davam a impressão de serem cozidas e depois fritas, pois eram bem macias no centro. A parte mais legal das batatas é que uma garçonete incansavel passa inumeras vezes repondo o carboidrato do seu prato.

O MOLHO DA TIA NICOLE – Capitulo 1 a parte:
O tal do molho do entrecote (reposto uma vez nos pratos) é o que tanto atrai o publico ao restaurante. Um molho verde escuro e levemente espesso com 21 ingredientes ultra secretos. Delicioso e instigante, afinal, o que eu estou comendo ali? (imagina se sou alergica a alguma coisa?! Quase um catchup Heinz rs). Só sei dizer que é uma emulsão leve de azeite (como uma maionese rala), pois, não sei ele tinha “desandado” um pouco ou se é assim mesmo, mas o azeite estava claramente se desligando dos demais ingredientes. Também senti um gosto carregado de salvia e alecrim, mas como os ingredientes são secretos, tudo isso pode ser puro delirio da minha cabeça.

A SOBREMESA – Capitulo 2 “A parte”:
Quando for ao L´Entrecote de ma Tante não invente moda, já se entupiu de batata frita, não vá querer economizar na sobremesa e peça logo a Mousse Royal de chocolate. Você vai sentir um pouco de vergonha quando o garçon for lhe servir, já que ele vem carregando uma travessa gigante (não, não é brincadeira) e com aquelas colheres do tipo “colher de arroz grande” lhe serve a mousse ao estilo presidiario, sabe, quando nos filmes eles servem pure de batatas e tem que sacudir a colher para cair a massa espessa? Pois é, é bem isso... e de verdade, não se acanhe, diga para o garçon encher o prato (ele só para de servir qdo vc pede) porque, acredite, você vai sim comer toda aquela montanha de mousse. Gente, eu já comi mousses maravilhosas e vou dizer, o sabor dela até me era familiar, mas a textura, nossa, incrivel... sutil, aerada, leve e cremosa, com pedacinhos de chocolate quase derretidos no meio, geladinha, perfeita. E porque nao se acanhe em encher seu prato? Simples, porque eles fazem vc acreditar na reposição, mas vem a pegadinha do Mallandro e... tchanam.... a sobremesa eles não repõem! (Infelizmente, mas otimo para o ponteiro da balança).



Em suma, espere um preço “ok” pela entrada + prato principal (R$ 47,90/pax), caro nas bebidas, atendimento nem tão bom, nem ruim, carne e molho impecáveis e uma sobremesa de sair rezando.

Aproveite e delicie-se com o legado da titia Nicole!

http://www.bistroentrecote.com.br/

* Entrecote: seria a mais francesa das carnes bovinas, ao pé da letra significa " entre as costelas". O entrecôte é a continuação do contrafilé e é reconhecida a mais suculenta das carnes.

Alta gastronomia em São Bernardo? Tem sim!!!

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Um dia desses, o Di e eu recebemos um convite de nossos amigos Mari e Paulo para jantarmos.

Eles ja haviam comentado diversas vezes sobre um restaurantezinho, aqui mesmo em São Bernardo, mas eu e o Di nunca lembravamos o nome, ou, nunca lembravamos desta opção tao pertinho da gente.

Mas eis que surgiu a oportunidade e fomos levados a conhecer o Restaurante Madalena: um sobrado simpatico escondido numa vilazinha proxima ao centro da cidade, em resumo, um daqueles lugares quase exclusivos, como um clubinho que só se entra quando se é apresentado.

De cara flores, móveis de madeira de demolição, mosaicos e o atendimento do chef e proprietário Valter Pereira, que diz preparar as receitas com ingredientes cultivados sem agrotóxicos, num sítio em Guararema.

Mesmo com aparencia simples o cardapio não tem nada de modesto: são paginas e mais paginas das mais deliciosas e inimaginaveis combinações gastronomicas. Agora, imagina, se eu e o Di ja somos indecisos com poucas coisas, com centenas (e não é exagero) de itens no cardápio a duvida era inevitável.

Fomos guiados por nossos amigos, que por mais que frequentem o Madalena assiduamente ainda nao conseguiram se deliciar com o cardapio todo, mas, até eles foram pegos de surpresa quando o menu agregava mais uma recheada pagina de pratos de inverno, todos eles com pinhão, colocado de alguma forma inventiva e diferente.

De entrada pedimos uma porçao de pasteizinhos recheados de truta com pinhão... maravilhosa; e, eu e a Mari, aceitamos de cortesia um caldinho de mandioca.

Aí depois de tanto ler, reler, pensar, debater, refletir e quase querer escolher varios pratos de uma unica vez foram eleitos:

Mari: pediu um prato a base de truta, arroz branco, pinhão crocante, batatas gratinadas.




Paulo: foi de Entrevero, uma especie de cozido de carnes de frango, cabrito, linguiças, bovina, feitos no molho de tomate, acompanhado de arroz e farofa de pinhão.




Di: uma suculenta picanha com um molho delicioso de cerveja preta e pinhão, arroz branco e farofa de pinhão.




Eu: truta recheada com parmesão e gorgonzola coberta com pinhão crocante, acompanhada de arroz de pinhão e batatas gratinadas.




Como podem ver, os pratos são hiper bem servidos e o preço, completamente convidativo e justo. Um prato, individual, tem media de preço de R$ 30,00... imagina, um prato “parecido” como esses num desses points badaladinhos de São Paulo, nao sairia por menos de R$ 50,00 (sendo otimista).

Em resumo: se vc quer comer e beber bem, ser bem atendido, não enfrentar filas, num local simples mas acolhedor e ainda se deliciar com alta gastronomia, visite:


http://www.rmadalena.com.br/
Rua Mário Zampieri, 45 – São Bernardo do Campo - SP - Tel: 4338-8142

De spa à café, você escolhe!

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Vou dizer: nunca tive um dia dos namorados tão relaxante quanto o que eu tive este ano... e como este blog é meu (hehehe) me sinto na liberdade de, não fugir do tema, mas sim, acrescentar informaçoes.

Umas 10h30 o Di me deixou no local do meu presente... o Kabanah Spa (http://www.kabanahspa.com.br/site/default.asp). Fui recebida com chá e uns biscoitinhos até meu bangalô particular ser totalmente preparado. Uns 20min depois, minha terapeuta particular, a Tatiana (uma fofa), me recepcionou e me conduziu até o bangalô... tirou meus sapatos e me calçou com umas pantufas fofinhas e quentinhas (afinal, estava bem frio naquele dia).

O pacote que o Di contratou tinha muuuuita coisa, nem sei se vou lembrar de tudo, afinal, fiquei lá das 11h às 18h30 no maior relax... começamos com a limpeza de pele (rosto) e a maca estava quentinha e fiquei o tempo todo coberta, ou seja, nada de frio!

Enquanto eu ficava com vapor no rosto na sessão de limpeza de pele, recebia massagem nos pés... ai ja dei aquele cochilo... depois de uma limpeza de pele completissima uma otima massagem relaxante, não vi o tempo passar... depois um almocinho rapido de volta ao meu bangalo particular para uma esfoliação corporal completa. Ducha para tirar as “areinhas” da esfoliação. Na sequencia, ofurô e depois, de volta para a reflexologia... Ai apaguei, nossa, só acordei quando a terapeuta veio perguntar qual creme eu queria para a hidratação corporal... spa das mãos... e infelizmente... depois de umas 7horas terminou a sessão de mimos.



Aí o Di ja estava la para irmos jantar, afinal, dia dos namorados, tem dessas coisas né?

Fomos ao italiano Oggi (http://www.oggirestaurante.com.br/), com reserva feita, nada de filas. Como 99% dos restaurantes da cidade, no dia 12 lá também estavam servindo o “inusitado” risoto de morangos com camarão. A carta de vinhos não oferecia opções de taças nem meia garrafas, apesar do restaurante ter essas opções, ou seja, fiquei sem vinho, pois como o Di nao bebe e o maitre nao nos avisou, ficamos sem saber dessas alternativas.

O cardapio é conciso, eu diria até demais para um restaurante do nivel dele, mas, oferece boas opçoes de carnes, massas, risotos, pizzas. O Di pediu o “brasato” (alcatra cozido em vinho tinto, acompanhado de espaguete na mateiga e salvia) e eu pedi gnochi com ragu de cogumelos. Ambos estavam muito bons, mas nada de inesquecivel. O ambiente é aconchegante e agradável, mas até agora estou pensando porque num restaurante italiano só haviam quadros e motivos indianos espalhados por todos os lados... enfim, o jantar foi muito agradável, mas, por não ter boas opções de sobremesa, pulamos para a Ofner.



Eu já fiz reclamações diretas à Ofner, sobretudo sobre atendimento e conservação de cardapios, que em algumas unidades chegam a dar nojo de serem manuseados, de tão velhos e sujos que são. Particularmente eu acho um absurdo dado o preço cobrado por qualquer produto Ofner. Eu tomei um sorvetinho basico, aquela coisa boa, mas “normal”... como era cedo e não queriamos voltar para casa, que tal um café?

Então, o Di e eu fomos dar mais uma chance ao Octavio cafe (http://www.octaviocafe.com/port/default.asp)... pedi meu famoso latte macchiato e ele, um espresso do oriente... que pela demora, deve ter realmente vindo do oriente. Meu macchiato veio “sorrindo”, mas, honestamente... tomaria um exemplar mais bem feito, cremoso, maior e mais barato aqui pertinho no Fran´s Cafe de São Bernardo. Tambem pedi uma fatia de bolo de cenoura ingles... estava uma delicia, mas de verdade, tem alguma coisa errada quando vc vai à um café e o mais gostoso é o bolo... Para mim, muito preço, muita badalação para pouco serviço e pouco produto... ainda vamos dar mais uma – e ultima - chance ao Octavio... quando tivermos oportunidade, vamos pedir algum prato de lá.



Em resumo (me atendo à gastronomia), todos os lugares muito agradaveis, mas, são do tipo de lugares que a gente ter que ter cuidado para nao cair nas graças da moda e esquecer que estão levando nosso suado dinheirinho, por de repente um produto que nem é tuuuudo isso...

Quanto ao spa... sem comentarios, iria toda semana!

Para patricios e patricias

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Já tinha algum tempo eu queria escrever sobre “O Maria Bar” (www.omariabar.com.br), alias, ando bem atrasada com os posts do blog, mas acho que agora, depois da tão esperada e idealizada mudança concluída, vou voltar a ter o tempinho que eu precisava para fazer uma das coisas que eu mais gosto: escrever (sobretudo sobre o que eu gosto... comer rs).

Bom, eu e o Di já havíamos passado na frente deste bar em Sto André centenas de vezes, sempre achamos simpático, mas nunca tínhamos tido a oportunidade de parar lá... até que uma sexta a noite, saímos para ir em outro bar que estava com uma fila enorme... Foi ai que resolvi abortar a idéia original e por sorte (nossa) o Maria estava bem na rua que fizemos o retorno e foi a deixa “ah, ta sossegado, vamos nesse mesmo!”

O bar fica de esquina, e é bem tranqüilo, o pessoal que freqüenta é “mais velho”, famílias, casais... ou seja, não tem aquela molecada que só vai pelo preço do chopp. O principal tema do bar são os acepipes portugueses, mas o cardápio conta com inúmeras outras e deliciosas opções, desde porções no réchaud, passando por porções de fritas/bolinhos/pasteis, etc. e pratos executivos super bem montados e diferentes.



O preço não foge ao praticado neste mercado, uma porção bem servida de fritas com alho e bacon sai por R$ 19,00, a sakerinha (muito boa) na faixa de R$ 12,00. Quando fomos lá pela primeira vez, digo primeira, pq ontem assistimos o jogo da copa lá (aí sim, estava bombando de gente!), pedimos uma porção chamada de “Ó Santa Maria” e realmente... “ó santa maria”!!! A santa, digo, a porção se trata de copinhos de polenta frita, recheados de gorgonzola e gratinados acompanhados de molho de tomate... huuum...

Alem disso o local conta com a tradicional mesa de acepipes, um choppinho black bem tirado e obviamente uma farta opção de itens com bacalhau. Fuja da casquinha de siri deixa bastante a desejar e se quiser empadas ou bolinhos de carne (ambos bem gostosos), peça diretamente ao garçon que atende a sua mesa, pois os que ficam “passeando” pelo salão com a bandeja cheia desses itens e os oferecendo diretamente ao cliente, geralmente entregam as iguarias ja meio frias e passadas...

E de sobremesa, claro, nao poderia faltar a tradicionalissima rabanada! Não estava nem de perto parecida com a que a vovó (casada com um portugues por quase 50 anos) fazia, mas não posso deixar de dizer, estava deliciosa, feita de pão italiano, meio crocante, com bastante canela e açucar acompanhada de sorvete de creme e regada com calda de vinho do porto.


Maria Bar, o que está esperando para ir até lá, ora pois???

Nesse friozinho uma fondue é o que há!

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Os relatos mais antigos vem da região Jura/Savoie, na fronteira franco-suíça (daí uma palavra francesa para um prato suiço) mas esta maravilha cremosa apesar de ter desembarcado no Brasil há algum tempo, tornou-se popular apenas de uns anos para cá.

As inúmeras receitas originais levam uma mistura de queijos de massa mole, como gruyere e/ou emmental, e sabores, que vão do suave ao forte, com um único dente de alho e um toque daquela bebida que derrubou o menino coitadinho no soletrando 2010, o kirsh, que, para quem não sabe é uma aguardente feita com cerejas.

Há ainda variações dos queijos e mesmo da bebida, que pode ser um vinho branco de qualidade razoável. Como qualquer prato ele sofre ação do tempo e do gosto de seus criadores e é isso que podemos saborear no Hannover, um simpático restaurante sazonal localizado em Moema / SP.

O Hannover abre somente de Abril a Outubro, todos os dias a partir das 18h30 e não adianta nem inventar, eles só servem exclusivamente fondues.

Não é um local barato para se jantar, mas você pode aproveitar as inúmeras promoções disponíveis no site (http://www.restaurantehannover.com.br), como por exemplo mulheres só pagam 50%, outros dias a terceira pessoa é grátis, etc.

O inconveniente é que todas as pessoas da mesa tem necessariamente que escolher o mesmo rodízio de fondue... e ai vem: de queijo (acompanhado por pães, linguicinhas, batatinhas, goiabada em cubos), carne/frango (com um adicional de R$ 9,90 eles incluem picanha). Honestamente este de carne não vale o adicional de picanha, e, dica de consumista de fondue de carne: peça a fondue na pedra, a carne demora um pouco mais para assar, mas o sabor fica melhor e sai bem menos fumaça... caso queira ser mais tradicional peça no rechaud de óleo ou, se for muito inovador, solicite o rechaud de vinho. A carne fica cozinhando em vinho tinto, eu particularmente não gostei, ela fica com sabor muito acentuado, demora demais e mesmo que você passe um dos 20 molhos diferentes que acompanham as carnes, ela vai continuar com o mesmo sabor “bêbado”.




De sobremesa, claro, fondue de chocolate, se você tiver pique... ele vem acompanhado de várias frutas, marshmallow, suspiro e bolo.

Como já fomos algumas vezes lá aprendemos que não devemos pedir o rodízio completo (que inclui o de chocolate), não vale a pena, muita comida, desanima... fora que o chocolate deles não é nenhuma maravilha, dá para sair de lá sem remorso e tomar um chocolate na Ofner.

De maneira geral, ambiente agradável, descontraído e um cantorzinho de musica ao vivo meia boca.

Dica: faça reserva ou chegue bem cedo, a espera costuma ser de duas horas.... ai, francamente, haja vontade de comer fondue!


Avenida Cotovia, 445 - Moema - São Paulo-SP - Fone: [11] 5561-5411

Picles e Pastrami: Desvendando o Carnegie Deli

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(Diego, namorado e correspondente internacional, direto de NY)

Viagens nem sempre são só por diversão. Existem os viajantes que saem de casa por causa do trabalho, os que se aventuram como turistas em lugares desconhecidos, os que simplesmente querem sumir, e existem algumas pessoas que viajam por obrigação, mesmo que não seja a serviço. Este é meu caso. Forçado a voar todo ano para os EUA por questões de visto, tento fazer com que esta obrigação se torne, ao mínimo divertida (o que tem sido difícil porque minha companheira de viagens tem de ficar no Brasil - por pouco tempo, né, Cá?), e, pela primeira vez, tive companhia na minha "green card trip": meu primo Rafael me acompanhou, com o pretexto de voltar e já ficar no México, (enquadrado no primeiro tópico: sair de casa por causa de trabalho).

Se você quer ver alguém cansado, vá ao aeroporto de Guarulhos e espere as pessoas saírem daquele voo de 12 horas de duração, diurno, em classe econômica (esta regra vale para qualquer aeroporto do mundo, aliás) e talvez dê pra imaginar o quanto estava me sentindo ao chegar em NY ,por volta das 20h, querendo basicamente:tomar um banho, falar com a Cá no Messenger e cama. Fomos direto para o hotel depois de checkin feito, malas guardadas no quarto, o estomago de avestruz do meu primo resolveu acordar e então decidimos sair para comer alguma coisa. Enquanto eu pensava onde poderíamos comer próximos ao Times Square (para apresentar pro Rafael a poluição visual maravilhosa que é aquele local à noite), ele veio com uma idéia que tinha visto no Otávio Mesquita na noite anterior. Pensei comigo: Nada que venha do Otávio Mesquita presta, mas vamos fazer a vontade do turista, coitado.

O local em questão era ao lado do Carnegie Hall, se chamava Carnegie Deli, um restaurante super tradicional de NY, fundado em 1937, que está na 3a geração de proprietários. Olhando por fora, apenas uma casa nova-iorquina: toldos, neons e vitrines cheias de coisas. Ao entrar, o primeiro susto: uma geladeira de bolos, tortas e cheesecakes, onde o menorzinho tinha uns 25cm de altura! Assim que nos viu entrar, o atendente nos perguntou se eram só dois lugares e já nos alertou que eles só aceitam dinheiro. Concordamos e ele nos levou a uma mesa com 6 pessoas (na verdade, 4 mesinhas de 2 lugares encostadas uma do lado da outra), para sentarmos ao lado. Encostado na parede, pude perceber os quadros autografados (o famoso Deli's Wall of Fame, como descobri depois), e que eu estava diante de duas fotos autografadas, com dedicatória, de dois gênios típicos de NY: Woody Allen e Louis Armstrong. Enquanto me perdi nos devaneios de um filme de Allen com uma música do velho Louie de trilha, chegaram os cardápios (desproporcionais, enormes e poluídos: extremamente americanos). Depois de muito tempo procurando algo no cardápio, tentando entender, decidi pegar um lanche, o Turkeyburger with Cheese and Bacon. Interessante ressaltar que toda a carne consumida no local é produzida por eles mesmos, em uma sede em Jersey. O Rafael queria experimentar o lanche de pastrami visto no Otávio Mesquita, e pediu o "Brodway Famous Danny Rose", ou conhecido como "The Woody Allen".

Depois de uns 5 minutos, chega o "couvert" de entrada: Picles. Muitos picles, de diversos tamanhos (por picles entenda-se apenas pepino em conserva), e dois copos cheios de água mineral. Pensando ainda no que fazer com aquelas informações, chega o garçom com dois garfos. "Ah", pensei, "agora eu sei como dá pra comer os picles..." Pouco tempo após o "couvert", os pratos de nossos vizinhos de mesa chegam.... um T-bone absurdamente enorme com uma igualmente grande baked potato, e um medalhão de sirloin com pure de batatas. Já comecei a ficar com medo do desafio que chegaria pro Rafael (afinal, meu lanche era só um hamburger de peru, não devia ser nada de mais) e nosso pedido resolve dar as caras. Não há como descrever, basicamente, a cara de surpresa. O Turkeyburger era um monstro de quase 500g de carne, com um porco inteiro de bacon e mais toda a produção de uma vaca por ano de queijo.... mas não era 1/3 do tal "Woody Allen". Um lanche com duas fatias de pão de forma e um boi inteiro de pastrami. Sim, é exagero (menos a parte dos quase 500g de carne no hamburger), mas é o que você vai imaginar quando o seu lanche chegar à mesa. A expressão da senhora sentada ao meu lado resumiu tudo: "Uau!". Não era possível comentar mais nada.. uma expressão conseguiu dizer o que todos à mesa pensavam quando receberam os pratos.



Brigando muito comigo mesmo, consegui comer o lanche quase inteiro (deixando o alface de lado), e o Rafael, com muito custo, conseguiu comer um pouco menos da metade do lanche dele. Ao ver que ele não conseguiria comer tudo, o garçom, extremamente atencioso, já perguntou: "doggy bag?". Já respondemos que sim e em menos de 1 minuto o lanche restante estava embalado para viagem. Em tempo, quando ele fez o pedido, o garçom ainda perguntou: O Woody Allen? Só para você? hum..... ok! Na hora, achei que ele estava desprezando a fome absurda que aquele elemento sente diariamente, mas não, ele tinha razão. Na hora de pagar a conta, a segunda surpresa: 35 dolares, para duas pessoas, mas facilmente, os dois lanches serviriam 4 pessoas, ou seja, seria um pouco mais de 10 dolares/pessoa. Na saída, outro susto, um cheesecake de morango dos sonhos: praticamente 30 cm de altura! Mas esse vai ter de ficar para uma próxima viagem. Em um país onde tudo é superlativo, em que o povo tem mania de grandeza, o Carnegie Deli é até um abuso. Como especialista em junkie food, lanches e coisas do gênero, posso afirmar que nunca vi nada igual, nem nos sanduíches ridículos de enorme que crio para poder fotografar. Recomendadíssimo, com todas as forças restantes após um turkeyburger, e um conselho: Vá com dinheiro (pois não aceita cartões) e fome. Muita Fome.

The Carnegie Deli
854 7th Avenue at 55th Street, New York, New York, 10019

Pasta para o frio!

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É só as temperaturas cairem que nosso cérebro começa a buscar soluções para nos manter aquecidos de forma saborosa... então aí aparece o desejo por massas, pães, queijos, chocolates... e sejamos sinceros, quem não gosta dessas gulodices de inverno?!

A verdade é que esses pratos são consumidos por todo o ano, mas nesta época eles recebem complementos mais calóricos e totalmente sem culpa!

Então fomos eu e o Di em mais uma de nossas aventuras gastronômicas, junto com um grande casal de amigos, Mari e Paulo, o alvo dessa vez: Cantina Roperto (http://www.cantinaroperto.com.br) localizada na Rua Treze de Maio, 634 – B. Bixiga.

O local não foge a regra do que é uma tradicional cantina italiana: um ambiente descontraído, carregado de madeira escura e muitos quadros e penduricalhos nas paredes. O atendimento também não fugiu do contexto, com garçons já com alguma idade e um pouco atrapalhados, mas nada que comprometa o andamento do jantar.

Depois de passear por muitas opções no cardápio, que vão das pastas ao cabrito, passando por saladas, sopas, etc, nossos amigos pediram um risoto de camarão e eu e o Di, um gnochi ao pesto.

Os pratos servem tranquilamente 02 pessoas com fome, como não era bem o caso, sobraram um pouco... O risoto estava com uma cara boa e bem perfumado, tinha molho de tomate, mas estranhamente não era feito como manda a tradição italiana, ou seja, não era de arroz arbóreo ou carnaroli, ou seja, não tinha aquele cremezinho tão esperado num risoto. Já o gnochi que pedimos estava muito bom: massa leve, sem gosto de farinha e o pesto bem envolvido na massa. O pesto tinha um gostinho acentuado de limão e nozes, pois diferentemente da receita tradicional, o pesto do Roperto leva suco de limão, nozes, amendoim, amêndoas, manjericão e alho.

Para acompanhar as delicias que saem da cozinha, uma dupla de cantores passa de mesa em mesa com um repertorio que vai muito alem da “velha bota”.

A parte de sobremesas deixou um pouco a desejar, mas honestamente, naquele momento nem tínhamos mais barriga para tal deleite...

(valor: por volta de R$ 45,00/pessoa)

Ainda em Paraty...

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Fato, comer em Paraty não é algo barato, e nem tão simples. Eu e o Di até nos aventuramos em busca de uma opção mais acessível fora do circuito turístico, mas, o que achamos de opções para “locais” realmente... bem botecos.

Então, já que estávamos mesmo fadados a escolher algum local no circuito “enfiamos a faca no turista, sim e daí?!” da cidade, fomos ao Santa Trindade.

Como eu tenho o hábito de pesquisar bastante sobre a cidade que irei conhecer o Santa Trindade não foi uma opção às cegas, eu e Di já tínhamos lido sobre ele na internet.

O local é estilo um bar, mas como fomos no almoço, tem cara de restaurante. Aliás, essa é bem a definição que se pode encontrar no site http://www.santatrindade.com.br/

Estávamos com bastante fome, então pedimos uma porção de fritas rústicas (dessas com casca que estão na moda) que estava boa, mas, nada de “óóó”... e depois pedimos o File de frango ao pesto de hortelã acompanhado de tomatinhos cereja caramelizados e purê de mandioquinha.

A primeira surpresa foi na apresentação... como pedimos prato para duas pessoas não imaginávamos que ele viria tão bem montado, vejam:



Depois a surpresa dos sabores: o frango estava uma delicia, o pesto (que é um molho quase sólido) feito de hortelã estava super refrescante contrastando com o sabor delicado do purê de mandioquinha e os tomatinhos, hum... de um sabor adocicado que combinava com todos os outros elementos.

Santa Trindade, esse é o nome de outra boa surpresa gastronômica de Paraty!

Praia boa com pizza boa?!

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(postado originalmente em 23/04/10)

Tem coisas que parecem realmente impossíveis e uma delas, por exemplo é encontrar uma pizza boa em cidade de praia e/ou no Rio de Janeiro…

Geralmente as pizzas desses locais, são feitas de uma forma, que para mim é um problema: massa grossa, por vezes borrachuda, bordas muito largas e geralmente vem acompanhadas de um tubo de catchup (acho que é para ajudar a engolir, como diria minha vó, o “bate entope”).

Eu e o Di fomos passar 03 dias na simpática cidadezinha de Paraty e, em um dos dias, circulando a noite pela cidade, entre uma pacanda de chuva e outra, eis que surge a pergunta: Onde vamos jantar?

Saltando pelas pedrinhas das ruas (e enroscando o pé constantemente)surge a opção do “Margarida Café” (http://www.margaridacafe.com.br), já quase fora do circuito histórico. O local, muito agradável, segue a linha da maioria dos restaurantes da cidade; apelo à decoração antiga, com musica ao vivo e freqüentado exclusivamente por turistas, até porque, comer em Paraty não é um programa barato.

Resolvemos arriscar e pedir a pizza, pois olhando nas outras mesas, víamos pratos dos mais diversos, muito bem montados e requintados. Então lá fomos nós ao primeiro contra: eles não tinham pizzas pequenas, somente a tradicional 8 pedaços, que para mim e o Di, era muito… mas, ainda sim, Ok. Então pedimos a Três queijos à Fiorentina (ricota, parmesão, gorgonzola, espinafre, alho e bacon) com meia salmão.


Eis que surge a “redonda”, quentinha, feita no forno a lenha; perfeita, massa fina e crocante, na medida!

Confesso que esperava uma pizza boa, pois todos os pratos tinham uma cara ótima, mas tão gostosa, quanto as que encontramos em boas pizzarias de SP, para mim, foi realmente uma surpresa.

Agora, não espere levar aqueles pedaços remanescentes para beliscar no hotel em um lapso de fome noturna… pedimos para o garçom embrulhar p/ viagem… e estamos esperando até agora! Rs.

Onde: Paraty

Valor médio: R$ 45,00/pessoa

Pobrecito del Juan...

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(postado originalmente em 23/03/10)

Fazia algum tempo que eu e o Di queríamos visitar o “coitadinho” do Pobre Juan, até que surgiu a união da vontade com a oportunidade.

Fomos numa sexta (para variar) até o Pobre Juan do shopping Cidade Jardim, o que venhamos e convenhamos contradiz um pouco com o “pobre” do nome do restaurante…

O Pobre Juan conta com mais dois endereços e se propõe a trazer fielmente em cada um deles a mais tradicional e suculenta carne argentina e de fato o faz.

O ambiente da unidade do shopping Cidade Jardim é bastante aconchegante, tem um numero razoável de mesas diferentes entre si, iluminação mais baixa, uma adega de vinhos bem montada, e algumas teias de aranha em alguns vãos da parede. Sim, é a realidade… a decoração desta unidade usa muitos elementos como painéis de gravetos para disfarçar o teto alto de shopping que, quando não muito bem cuidados podem trazer algumas más surpresas.

O serviço é prestativo no que diz respeito ao couvert, extremamente bem servido e com reposição constante de pãezinhos quentinhos na mesa, mas, para o atendimento de modo geral, eu classifico o serviço apenas como “bom”.

O cardápio é muito variado no quesito que já se esperava, carne, nos demais itens deixa um pouco a desejar, oferecendo apenas uma opção de massa, por exemplo; nele você encontra ainda duas colunas com preços distintos (ambos caros rs): um é o preço feminino e o outro masculino. Achei uma idéia super bacana servir uma porção menor para a mulher (e mesmo assim a porção ainda é grande) e cobrar o preço justo para isso.

Depois de muitos poréns, e modéstia a parte, por eu e o Di sermos bons conhecedores das carnes hermanas bem (e mal) preparadas optamos por um dos únicos pratos que servem duas pessoas, o “Bife Pobre Juan”, acompanhado de cebolla rellena, papas soufle e bananas a milanesa.

As carnes chegaram exatamente no ponto que pedimos, perfeitas, as papas soufle que são um tipo de batatinha chips inflada e oca, poderiam estar mais quentinhas e crocantes, agora, a cebola recheada, huuum, o que era aquilo?! Era uma cebola enorme (estilo Outback) que aparentemente teve algumas de suas camadas retiradas e substituídas por queijo e presunto, assada na parrilla… fica assim, deliciosa!

Bom, depois de tanto pão quentinho no couvert, a carne (que não consegui consumir toda), os acompanhamentos (exageramos), claro que não sobrou espaço nem para pensar na sobremesa. Uma pena, pois dizem que as que contém doce de leite, são elaboradas com o verdadeiro dulce de leche trazido dos pampas.

Fica a dica, boa carne, bom atendimento, cardápio com boas opções, e um garçon com um espanhol terrível… Pobre Juan (que a essa altura, de pobre, já não tem mais nada). – http://www.pobrejuan.com.br

Eñe e sua cordialidade

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postado originalmente em 08/03/10)

Quando se vê a letra Ñ (lê-se enhê) logo se lembra da língua espanhola… Uma letrinha de valor fonético igual ao nosso Nh representa de forma sucinta e direta a proposta do charmoso e sóbrio restaurante Eñe localizado na R. Dr. Mario Ferraz, 213 – Jd. Europa – SP/SP.

Como descrito em seu site (http://www.enerestaurante.com.br/), e observado logo em que se recebe o cardápio, o foco do Eñe são as tapas, uma representação simbólica e forte da culinária espanhola, quase tão lembrada em tempos atuais quanto a tradicional paella.

Para quem não conhece, as tapas são pequenas porções de comida para saborear individualmente. Um tradicional almoço espanhol pode oferecer em torno de 30 tapas (mini pratos), podendo incluir até 4 ou 5 sobremesas ao final. Porém, há quem defenda que tapas são apenas aquelas porções de comida próprias para se comer com as mãos, quase como a versão espanhola do recém descoberto “finger food”. Eu, particularmente defendo as tapas como essas comidinhas despretensiosas, mas riquíssimas (tanto em ingredientes como em sabor), próprias para serem consumidas como entradinhas ou servidas em festas (como nossos salgadinhos), pois, esta outra vertente que defende que tapas são apenas pequenas porções de alimento numa refeição super longa deveriam se atentar para o antigo e já existente “menu degustação”.

Enfim, voltando ao Eñe:

Depois de horas de indecisão de onde ir numa sexta feira a noite, resolvemos pelo Eñe e para lá fomos nós. Ele é um restaurante de esquina e tem porte entre pequeno e médio, mesas despojadas, porém, extremamente bem arrumadas. Suas cores predominantes são o cinza, do concreto aparente e o vermelho, presente em diversos detalhes. A cozinha segue a linha “cozinha vitrine”, onde é possível, através de uma parede de vidro acompanhar o vai e vem de poucos cozinheiros.

Na mesa azeite e flor de sal! Sim, a autentica e caríssima flor de sal, que eu e o Di não conseguíamos parar de colocar na boca para sentir sua crocancia. Um garçon passa de mesa em mesa com um cesto de pães caseiros e variados (o que eu mais gostei foi o de cebola) e outro serve pequenas porções de embutidos espanhóis, a base de porco, claro.

Na ocasião nem olhamos a carta de vinhos. O cardápio não é muito extenso (e poderia ter uma impressão melhorzinha), mas digamos que é “o suficiente”. A paella, vi na mesa ao lado, é bonita e bem servida (não tanto quanto da Dona Salete rs), mas escolhemos outros pratos: de tapa, “patatas bravas” e veio uma porção de cilindros pequeninos de batata frita (lembrando a smile) com um creme picante sobre elas, bem gostoso.

De prato principal, o Di escolheu magret com endivia caramelizada com vainilla y naranja e eu bife ancho com pupunha asado y jamon. Os dois pratos estavam perfeitos, meu bife ancho (bem passado) estava muito macio e o pupunha, que vinha desfiado, delicioso. Já o magret do Di estava ao ponto (bem rosada no centro), eu particularmente não gosto assim… mas a endivia… eu já conhecia caramelizada, mas com baunilha (fresca!!!) ficou incrivel!

Não pedimos sobremesa lá, alias, essa parte do cardápio deixou bem a desejar, encerramos com um nespresso acompanhado de biscoitinhos.

Na hora da conta, o vallet já estava incluso, muito pratico e na saída, o carro prontinho jos esperando na porta.

GERAL: A comida é de fato ótima, mas o serviço foi o que mais chamou atenção, desde cordialidade no atendimento, como água sendo reposta no copo sem precisarmos pedir (inclusive tendo os copos trocados) até essa simplicidade de pedirem o carro antes que saíssemos… nada que não pudessem falar que seria o mínimo num restaurante de alta gastronomia, mas que, a maioria nem pensa em oferecer esses pequenos mimos aos clientes.

Gostei, recomendo e volto com certeza.

Lanchonete da Cidade

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postado originalmente em 22/02/10)

Já não é a primeira vez que fomos na lanchonete da cidade, e este lugarzinho merece algumas considerações.

O ambiente: Tanto faz se você esta no shopping Cidade Jardim, em Moema ou em algum dos outros endereços, você vai encontrar a mesma parede em tons de amarelo e azul claro, cheia de bolinhas, com lustres coloridos e algum motivo retro, como dita a moda de lanchonetes moderninas. Mesinhas nos cantos com sofazinhos também fazem parte do ambiente, compondo com uma área de espera no balcão, rodeado por banquetas altas. Ou seja, nada de muito incrementado, mas, com carinha de lanchonete de bairro.

Atendimento: Mesmo indo uma das vezes na unidade Moema, que estava bem cheia, o atendimento foi eficaz, tem um quê de cordialidade “blockbuster”, do garçom se apresentar pelo nome e tal, mas, não chega a ser uma excelência em atendimento. Digamos que é um atendimento que não deixa o cliente passar nervoso.

Batatas: as batatinhas fritas são feitas com dentes de alho e ramos de alecrim. Ela pode vir na versão tradicional ou rústica (rodelas com alguns milímetros de espessura fritas com casca). Para mim que adoro alecrim e alho, o gostinho das batatas é maravilhoso, alem do dente de alho vir tão macio que pode ser passado como pasta nas batatas. Porém, de uma para outra, de um pedido para outro, houve variação de sabor e até mesmo no tamanho da porção.

Lanches: Já provei o Mooca (hambúrguer a milanesa, mussarela de búfala, rucula, tomate, berinjela e abobrinha grelhadas e manjericão) e o Supimpa (hambúrguer com cebola, bacon e queijo). O primeiro estava muito, muito bom, porém o segundo estava bem seco, o hambúrguer meio passado demais e a sequência dos ingredientes, na minha opinião, meio falha… a cada mordida a cebola escorregava para fora do lanche e o queijo, somente em cima da carne, não umedecia o pão e nem unia os ingredientes. Já o Di comeu o clássico Amarelinho (Ovo frito na manteiga aviação, queijo palmira derretido, tomate caqui, pimenta do reino e orégano). Este lanche teve exatamente o mesmo problema… estava seco. A combinação é bem gostosa, mas nada que não possa ser reproduzido de maneira até mais brilhante, em casa.

Considerações: é um ambiente agradável, preço razoável e cardápio a contento, porem, senti falta daquele saborzinho de lanche que a gente não consegue reproduzir em casa, sabe?! Pois é esse tal “saborzinho” que nos faz querer voltar sempre…

Magnum Hall: sorvetes em cena

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(postado originalmente em 15/01/10)

Está rolando em São Paulo (Rua Amauri, 352 – Jd. Europa; Seg – Dom das 12h às 23h) uma sorveteria temática da Magnum, o Magnum Hall, que tem duração prevista somente até 31/01/10.

O local, com poucas, mas requintadas mesas, imita uma espécie de teatro antigo: decoração pesada, cortinas vermelhas, molduras de quadros douradas e logo de cara, uma garçonete toda animada vestida à moda antiga, bem ao estilo cabaret de ser.


De fundo trilha dos grandes musicais da Broadway e no ar um espírito diva: para as mulheres, um amplo estúdio de maquiagem com um profissional a disposição, que como no momento não tinha nenhuma cliente, fazia sua própria sobrancelha naquele camarim enorme, emoldurado por luzes amarelas que contornavam o espelho.

A idéia ali é valorizar, obviamente, o sorvete Magnum e seus lançamentos (Magnum Devotion Avelãs & Castanhas e Magnum Devotion Cookies) em varias versões moderninhas criadas por cada um dos Chefs dos badalados restaurantes da Rua Amauri. No cardápio sobremesas com nome de musicais, às vezes surpreendentes, às vezes ignoráveis, como a combinação de sorvete Magnum com salada de frutas.

Mas há grandes montagens como o Magnum na versão dos sapatinhos da Doroty, ou Magnum numa cesta de suspiro e calda de gengibre.

O Di pediu a versão de Magnum com mousse de iogurte e biscoitinho de amêndoas e eu pedi Magnum enrolado numa panqueca verde acompanhado de calda de capim limão e chantilly. O sorvete, era simplesmente o sorvete, a calda de capim limão uma delicia, mas nada absurdamente elaborado, alias, ali a grande sacada foi a refinamento do modo de servir um sorvete no palito.

Feitos os pedidos, hora de esperar um pouquinho… de repente se inicia “New York, New York” num volume assim… alto, e vem uma dançarina rodopiando ao redor da mesa enquanto, logo atrás, vem o garçon com os pedidos. Ou seja, nem um pouco indicado para quem tem problemas com timidez. rs

Tudo muito lindo, glamuroso, se as sobremesas nao viessem trocadas. Mas foi de fato engraçado, ja que quando notaram o erro, tiraram a musica bruscamente.

Depois do erro reparado foi hora de curtir o sorvete, mas nao espere nada alem do sorvete, a menos que vc queira gastar R$ 13,00 em uma agua mineral com gás.

Qualquer sobremesa sai por R$ 15,00 e somente o sorvete Magnum por R$ 4,50 (não se surpreenda se vc ver seu prato atravessando a rua, pois eles são preparados do outro lado, na Forneria San Paolo).

Fora isso, ao final, vc recebe uma especie de cartão fidelidade com pontos, proporcionais ao seu consumo. A partir de 80 pontos já se pode fazer a troca por gifts super bacanas e de marcas famosas, mas claro, para os mais bacanas é preciso consumir muuuito Magnum no Magnum Hall.

Magnum Red Love

Em resumo, vale a visita, uma ou duas talvez e o bom, que saindo dali, pode-se tomar um cafezinho na Starbucks e comprar um bom vinho na Enoteca Fasano para saborear finamente momentos depois.

Carne, carne e mais carne!!!

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Como o nome já diz, este é um blog de dicas e criticas gastronomicas, porem sem o compromisso (ou obrigação) de agradar nenhum tipo de estabelecimento. É uma forma livre e mais “próxima da realidade dos simples mortais” de analise de tudo o que envolve o “bom comer”.

Por não saber por onde começar, afinal, lá se foram dois anos de estudo dedicado à arte da cozinha, como gourmet e gourmand (mais outros tantos vida a fora), que tive que pedir ajuda ao meu acompanhante na aventura dos sabores, o Di, meu namorado. Foi então que ele deu uma solução simples e para mim, perfeita: “comece por nossa ultima experiencia”. Sendo assim, começo por nossa aventura mais recente e já traçando um paralelo com outra empreitada gastronomica: CHURRASCARIA.

Ao longo do blog escreverei sobre outras tantas churrascarias, afinal, carnivoros de plantão isso é uma coisa que vez ou outra entra em nosso cardápio, mas, como citado acima, hoje vou me ater a nossa ultima experiencia.

JARDINEIRA GRILL – http://www.jardineiragrill.com.br/

Nem queiram saber porque, mas fomos na Jardineira Grill num domingo, perto das 19hr. Chegamos, o local estava vazio, mas foi enchendo gradativamente ao longo do tempo e, durante este tempo (e todo o resto), foi possivel ser completamente mimada pelos garçons, sempre atenciosos.

Mimada num nivel até meio “constrangedor” para quem não está acostumada/o a ter uma pessoa puxando sua cadeira todas as vezes que se voltava do buffet.

Sua concorrente diretissima, a Fogo de Chão, logo alí, um pouquinho mais a frente na Av. dos Bandeirantes não oferecia nem de longe tanta cortesia. Garçons sempre ocupados demais, até mesmo para anotar pedido de bebidas.

A semelhança entre as duas termina no preço; a Jardineira oferece um ambiente muito mais requintado e atrai pessoas que sabem que não estão comendo na laje. O buffet do Fogo de Chão nem sequer imagina o que se pode encontrar no buffet da Jardineira: aspargos frescos importados, inumeros tipos de queijos de primeira linha, saladas extremamente frescas, carpaccio, defumados de salmão, de hadock… foie gras e ovas de esturjão a vontade, varios tipos de frutos do mar, inclusive um delicioso camarão médio, isso sem contar a variedade de molhos, temperos, azeites e vinagres importados para usar. Aí a gente pensa “putz, muito bom!”.

Em contrapartida, a vizinha oferece um buffet com metade do tamanho. Tem bons queijos e algumas outras frescurinhas também, mas inevitavelmente o mais interessante passa a ser o bacon frito, o tomate cereja, o palmito e talvez, para quem gosta, a comida japonesa.

Na mesa da Jardineira, os garçons repõe incessantemente a cestinha de mini pães franceses e pão de queijo (ressecado e sem gosto).

Enquanto na Fogo de Chão, fui e voltei ao buffet para trocar meu prato enquanto o restante da louça suja fazia pilha na mesa, na Jardineira havia sempre alguem atento a sua ultima garfada para oferecer pratos (e talheres!) limpos.

As carnes, todas que experimentei, derretiam na boca sem esforço, enquanto a concorrente oferecia entre um bom espeto e outro uma carne fria, mal passada ou queimada, além de não ter a variedade de cortes especiais que a Jardineira oferece.

Um topico engraçado a se destacar: na Jardineira, religiosamente todas as carnes, guarnições e afins são oferecidos primeiro para a(s) mulher(es) que estão na mesa e somente depois para a classe masculina. Caso o homem (ou ambos) recusem o que está sendo servido, o garçom pede desculpas e sai cabisbaixo para outra mesa. Sim, eles se desculpam por nao terem acertado o que você queria naquele momento. Rs.

Outra ponto importante é o treinamento que a equipe da Jardineira recebe, foi a primeira vez que fui numa churrascaria onde os garçons não sofriam de nenhum problema de visão e enxergavam (e respeitavam) o famoso “Yes, please / No, thanks”.


Buffet - Jardineira

A Jardineira não é do tipo de lugar que se gasta pouco, mas, faz jus a cada centavo que se deixa por lá. Vale a pena!