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Você sabe reclamar?

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Eu (e o Di) já fomos taxados de reclamões... e quer saber? Somos sim e com muito orgulho!

Por que orgulho? Simples, porque a maioria (muita gente mesmo) não reclama seus direitos. Ué, você pagou e não recebeu? Por que não reclamar? Se você for contratado e não trabalhar, ninguém vai exitar em te mandar embora. Então... é a mesma coisa!

A questão é: como reclamar e como as empresas devem responder a estas reclamações e, acredite, por experiência de reclamona que sou, posso afirmar que 99% das empresas não sabem encarar essa realidade: “minha empresa é a melhor, não recebo reclamações”.

Algumas formas online de reclamar e exigir o que você se dispôs a pagar, afinal, você não economiza seu dinheirinho a toa, são os sites das próprias empresas ou ainda em sites como o Reclamão, Reclame aqui, Nunca mais, Denuncio, ou menos online, mas bastantes eficientes, como o Boca no trombone (radio Bandeirantes), Celso Russomano, Procon e Anatel. Cada qual com a sua função, já procurei a ajuda de vários desses sites quando o contato com a empresa “reclamada” não foi suficiente.

Mas, como este blog é voltado para a parte vitamínica da vida, vou apontar alguns casos vividos por mim e as “soluções” apresentadas:

Restaurante Eñe: o conceituado restaurante español dessa vez escorregou no tomate, prometeu e não entregou, bem no jantar de dia dos namorados. Creio que ali, se mais um casal reclamou foi muito, outra parte nem deve ter lido os itens que seriam inclusos no pacote e outra parte deve ter achado “uma pobreza reclamar”. E assim eles (empresas em geral) vão levando nosso dinheiro. Depois de 1 mês, 6 emails e reclamações no FB um dos donos me ligou pedindo sinceras desculpas... Desculpas? E os R$ 400,00 do jantar (que por um acaso não tenho no bolso de trás da minha calça), e a frustração, e a propaganda enganosa? De verdade, um restaurante como este deveria ter saído na frente e superado qualquer expectativa... eles tinham meu endereço, sei lá, mandem flores com um cartãozinho, pq essa coisa de “ó, o dono me ligou...” não me serve de nada.

Revista Engenho Gastronomico: uma das minhas revistas preferidas na faculdade... nordestina. Aí começam as encrencas, eles não tem distribuição nacional, os exemplares, por acordo, seriam enviados bimestralmente por correio. Em 1 ano, recebi 1 revista. Um ano depois, após dezenas de emails, uma boa alma resolveu responder e apuramos diversos erros, causados por um funcionário, que fez o favor de queimar o nome da empresa. Resultado, receberemos o dinheiro de volta e mais todas as revistas não enviadas.

Pepsi: Um belo dia, a despensa (aquela que cabe dentro do coração) estava toda molhada de um liquido escuro... fuça daqui e dali e a garrafa de Pepsi estava vazando... fechada?. “Podem ser micro furos na garrafa senhora, guarde a garrafa de uma forma que não vaze e vamos trocá-la”. Dito e feito, no dia seguinte trocaram a garrafa.

Oetker: abro o pacotinho da mistura de bolo e... estragada antes do vencimento. Emails de reclamação e nada, meses depois mandam pelo correio uma revistinha de receitas. Oras, eu não queria receitas novas, eu queria fazer o bolo de saquinho mesmo!

Mc Donald´s e os lanches da Copa: foi o meu dia de fúria. Não pedi o café da manhãs as 11:05, mas abri a caixinha ainda no balcão e disse que aquilo estava triste, desconfigurado e sem recheio. “A foto é meramente ilustrativa” (aaaahhh como odeio essa frase, é um passe livre para a enrolação). Pedi para o gerente me mostrar onde estava escrito isso e, surpresaaaa, não estava. Dali 5min veio um lanche digno de foto.

“Alô tia Edha”: deveria se chamar “Ligue aqui e perca seu tempo”. Sim, uma rede enorme como o Habib´s não faz a menor questão de responder reclamações. Ok, pobreza, mas se eu paguei R$ 0,59 na esfiha de carne quero que ela venha em perfeitas condições. Os acontecimentos são inúmeros, mas o ultimo foi o mais patético; depois de 1hr aguardando a entrega ligamos no delivery e nos falaram que o sistema tinha caído e por isso todos os pedidos haviam sido cancelados... Por que não avisaram?! Ainda perguntaram se queria agendar a entrega para o dia seguinte... ô, claro, se eu peço um delivery de 28min é porque eu quase não tenho fome...

Dulca: doceriazinha metida a besta, mas faz valer seu “Reclame aqui”. 1º erro: ir à Casa Cor (ok, legal, bacana, mas inútil). 2º erro: ter fome na Casa Cor. Aí fomos tentar comer uma coxinha (uns R$ 8,00). Sério, alguém já comeu coxinha sem sal?! Olha que sempre dizem que meus pratos são para hipertensos, então se eu senti falta de sal, imagina que horror... Ai mandei um email dando um toque, responderam agradecendo e me enviaram uma bela caixa de bombons.

Carrefour: em qualquer loja que você vá sempre tem fila e uma caixa com má vontade para atender. Eu não sei o que eles fazem, mas parece que eles contratam as pessoas na base da chicotada. Depois de uma reclamação no @carrefourbrasil recebi um telefonema todo animado de uma “gerente de atendimento” se justificando pelas filas. A razão pelas filas seria a demissão de caixas que estavam falhando no atendimento e as pessoas novas ainda estariam em treinamento. Em se tratar da ineficiência, acho que as pessoas estão e vão continuar em treinamento por uns 10 anos. Mas o pior não foi justificado... e quando vc vai comprar aquele queijinho branco para a dieta e vê o funcionário retirando da gôndola os queijos vencidos, lavando, reembalando e devolvendo p/ venda?! Pois é, isso não foi explicado, padrão Carrefour p/ te ajudar na dieta... compre um queijo branco e leve de brinde uma intoxicação alimentar!

Enfim, os casos logicamente não param por ai, poderia mencionar a pizza escorrida da pizzaria do bairro, o pão de queijo duro da padaria, o mau atendimento em váááários estabelecimentos e por aí vai. Isso sem falar na cobrança discutível dos 10%, mas isso vale outro post.

Função social da reclamação: Não reclama só quem é chato, reclama quem é consciente, quem preza o seu dinheiro e quem tem opinião. A reclamação vale de alerta para que outras pessoas não passem de bobo como você ou, para que a empresa identifique uma falha que nem sempre é tão perceptível. Também é importante elogiar para que o que é bom, se torne cada vez melhor e mais próximo de todas as suas expectativas.

Eñe: o espanhol inconstante.

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Dia dos namorados e o Di, meu namorado, claro, me leva para jantar sem que eu saiba onde. Considerando que eu sou uma completa perdida qdo o assunto é “São Paulo”, só descobri mesmo onde iríamos jantar qdo ele parou na porta: Eñe.



“huuuummm” , as papilas gustativas ficaram logo contentes.

O restaurante estava com metade de sua ocupação, só atendendo clientes com reserva... Opa, espera aí... eu disse “Atendendo”?

Pois é, no curso sobre jornalismo publicitário aprendi que uma boa critica é feita depois de 2 ou 3 visitas ao mesmo local, em situações diferentes. Infelizmente isso não é sempre possível, as vezes por distancia, por preço, ou simplesmente pq não se anima a voltar.

E não é que foi o caso do Eñe que escorregou feio no atendimento desta vez? Chegamos e fomos conduzidos a mesa e... e... e... e nada na verdade. Um outro casal que chegou depois e sentou ao lado foi atendido bem antes. Até ficamos com aquela questão do “será que não fomos atendidos pq não pedimos vinho?” (sim, isso existe em muitos lugares, uma discriminação visível a quem não pede as bebidas ‘caras’). Mas até aí, não podia ser... o drink que eu pedi era tão caro qto o vinho na promoção que o casal pediu... aliás, muito saboro, uma mistura refrescante de vodka, limão e erva cidreira.

Apesar de termos saído p/ não nos estressarmos, já estávamos naquele ponto “Bom, se o garçom não vier na nossa mesa agora, vamos pedir a conta”. E por questão de 1min, o maitre viu nosso desapontamento, pegou o couvert que iria para outra mesa (que também tinha chegado depois), chamou a atenção do garçon e nos serviu. A partir daí o serviço melhorou, mas nem de longe foi tão prestativo quanto da primeira visita.

Menu fechado:
Passado os contratempos do inicio, fomos recebendo, em ordem:


- Tartar de vieiras: confesso que para mim foi uma tentativa, as vieiras picadinhas acompanhadas com redução de beterraba... Comida crua: negação numero 01 / Molho de beterraba: negação numero 02. Ainda sim dei uma boa garfada e num primeiro momento gostei, as vieiras estavam bem camufladas no suco de limão, mas depois não deu mesmo... essa textura de “cozinha que acabou o gás” não faz muito meu estilo. Porém, gostei do molho de beterraba (e eu detesto beterraba), não estava com aquele gosto característico de terra, levemente adocicado.


- Crema de mandioquinha com caviar de sagu: agora o teste foi para o Di, que detesta sopas. Mas o creme de mandioquinha estava tão bom, tão saboroso, super cremoso e aveludado na boca, que ele conseguiu tomar todinho! Ou seja, estava realmente muito bom. Mas, completamente dispensável o tal do caviar de sagu. Não sei de quem foi a brilhante idéia de fazer caviar de sagu, de quiabo e não duvido que usem isopor... Ok, é cozinha moderna e molecular, mas peraí... sagu? (ok, confesso, fiz isso na faculdade... mas sagu é bom com vinho e canela!).


- Olhete com ceviche de sandia: o peixe estava ótimo, a tal da crosta “ok”... já experimentei coisas mais elaboradas que macarrão cabelo de anjo quebradinho em cima da carne, mas, pelo menos cumpria seu papel de crosta. Agora, a saladinha de melancia (sim, sandia é melancia, não sei pq não escreveram o cardápio todo em português), huuum, essa estava ótima. Talvez para os mais tradicionais, pensar em salada de melancia possa ser esquisito, mas vale a tentativa. E alem do paladar, foi uma ótima maneira de relembrar minha saladinha de melancia grelhada com flor de sal, delicia!


- Jarret com molho de pimenta verde e cogumelos: Para mim, uma boa carnívora de plantão, a parte alta do jantar. Macio, saboroso, levemente picante e super harmonizado com a cama de cogumelos paris. Separei as pimentinhas, mas seu sabor ficou na carne dando um toque primordial.


- Coca de chocolate com frutas vermelhas: uma massa fininha de um tipo de pão de ló de chocolate, recheado com uma ganache também de chocolate, acompanhado de um sorbet de frutas vermelhas. Todos impecáveis e com gosto de quero mais e mais e mais.

Saldo do jantar: apesar dos pratos saborosissimos, o serviço deixou a desejar, ou seja, acabou por apagar um pouco o brilho do restaurante.

Brinde de dia dos namorados: No mail marketing, no facebook e onde mais eles poderiam anunciar, estava lá “ganhe 02 perfumes de 50ml cada, Antonio Banderas, um feminino e outro masculino”. Na hora não reclamamos pelo simples fato que não tínhamos certeza, mas saímos de lá com 2 amostras de perfume de 1,5ml cada! Demorei a terminar este post, pois achava que o relacionamento do Eñe teria a capacidade de retornar um dos 5 emails que enviamos com esta reclamação... ate agora nada.



Se esse é o tratamento que o restaurante dispensa à clientes que gastam de R$ 400,00 p/ mais em um jantar... sinceramente, eles tem muito o que aprender qdo o assunto é o relacionamento com o cliente, especialemente depois que ele sai do estabelecimento e não é mais encantado com la magia de las ollas del Eñe.