spoon

Nesse friozinho uma fondue é o que há!

0

Category: ,

Os relatos mais antigos vem da região Jura/Savoie, na fronteira franco-suíça (daí uma palavra francesa para um prato suiço) mas esta maravilha cremosa apesar de ter desembarcado no Brasil há algum tempo, tornou-se popular apenas de uns anos para cá.

As inúmeras receitas originais levam uma mistura de queijos de massa mole, como gruyere e/ou emmental, e sabores, que vão do suave ao forte, com um único dente de alho e um toque daquela bebida que derrubou o menino coitadinho no soletrando 2010, o kirsh, que, para quem não sabe é uma aguardente feita com cerejas.

Há ainda variações dos queijos e mesmo da bebida, que pode ser um vinho branco de qualidade razoável. Como qualquer prato ele sofre ação do tempo e do gosto de seus criadores e é isso que podemos saborear no Hannover, um simpático restaurante sazonal localizado em Moema / SP.

O Hannover abre somente de Abril a Outubro, todos os dias a partir das 18h30 e não adianta nem inventar, eles só servem exclusivamente fondues.

Não é um local barato para se jantar, mas você pode aproveitar as inúmeras promoções disponíveis no site (http://www.restaurantehannover.com.br), como por exemplo mulheres só pagam 50%, outros dias a terceira pessoa é grátis, etc.

O inconveniente é que todas as pessoas da mesa tem necessariamente que escolher o mesmo rodízio de fondue... e ai vem: de queijo (acompanhado por pães, linguicinhas, batatinhas, goiabada em cubos), carne/frango (com um adicional de R$ 9,90 eles incluem picanha). Honestamente este de carne não vale o adicional de picanha, e, dica de consumista de fondue de carne: peça a fondue na pedra, a carne demora um pouco mais para assar, mas o sabor fica melhor e sai bem menos fumaça... caso queira ser mais tradicional peça no rechaud de óleo ou, se for muito inovador, solicite o rechaud de vinho. A carne fica cozinhando em vinho tinto, eu particularmente não gostei, ela fica com sabor muito acentuado, demora demais e mesmo que você passe um dos 20 molhos diferentes que acompanham as carnes, ela vai continuar com o mesmo sabor “bêbado”.




De sobremesa, claro, fondue de chocolate, se você tiver pique... ele vem acompanhado de várias frutas, marshmallow, suspiro e bolo.

Como já fomos algumas vezes lá aprendemos que não devemos pedir o rodízio completo (que inclui o de chocolate), não vale a pena, muita comida, desanima... fora que o chocolate deles não é nenhuma maravilha, dá para sair de lá sem remorso e tomar um chocolate na Ofner.

De maneira geral, ambiente agradável, descontraído e um cantorzinho de musica ao vivo meia boca.

Dica: faça reserva ou chegue bem cedo, a espera costuma ser de duas horas.... ai, francamente, haja vontade de comer fondue!


Avenida Cotovia, 445 - Moema - São Paulo-SP - Fone: [11] 5561-5411

Picles e Pastrami: Desvendando o Carnegie Deli

1

Category:

(Diego, namorado e correspondente internacional, direto de NY)

Viagens nem sempre são só por diversão. Existem os viajantes que saem de casa por causa do trabalho, os que se aventuram como turistas em lugares desconhecidos, os que simplesmente querem sumir, e existem algumas pessoas que viajam por obrigação, mesmo que não seja a serviço. Este é meu caso. Forçado a voar todo ano para os EUA por questões de visto, tento fazer com que esta obrigação se torne, ao mínimo divertida (o que tem sido difícil porque minha companheira de viagens tem de ficar no Brasil - por pouco tempo, né, Cá?), e, pela primeira vez, tive companhia na minha "green card trip": meu primo Rafael me acompanhou, com o pretexto de voltar e já ficar no México, (enquadrado no primeiro tópico: sair de casa por causa de trabalho).

Se você quer ver alguém cansado, vá ao aeroporto de Guarulhos e espere as pessoas saírem daquele voo de 12 horas de duração, diurno, em classe econômica (esta regra vale para qualquer aeroporto do mundo, aliás) e talvez dê pra imaginar o quanto estava me sentindo ao chegar em NY ,por volta das 20h, querendo basicamente:tomar um banho, falar com a Cá no Messenger e cama. Fomos direto para o hotel depois de checkin feito, malas guardadas no quarto, o estomago de avestruz do meu primo resolveu acordar e então decidimos sair para comer alguma coisa. Enquanto eu pensava onde poderíamos comer próximos ao Times Square (para apresentar pro Rafael a poluição visual maravilhosa que é aquele local à noite), ele veio com uma idéia que tinha visto no Otávio Mesquita na noite anterior. Pensei comigo: Nada que venha do Otávio Mesquita presta, mas vamos fazer a vontade do turista, coitado.

O local em questão era ao lado do Carnegie Hall, se chamava Carnegie Deli, um restaurante super tradicional de NY, fundado em 1937, que está na 3a geração de proprietários. Olhando por fora, apenas uma casa nova-iorquina: toldos, neons e vitrines cheias de coisas. Ao entrar, o primeiro susto: uma geladeira de bolos, tortas e cheesecakes, onde o menorzinho tinha uns 25cm de altura! Assim que nos viu entrar, o atendente nos perguntou se eram só dois lugares e já nos alertou que eles só aceitam dinheiro. Concordamos e ele nos levou a uma mesa com 6 pessoas (na verdade, 4 mesinhas de 2 lugares encostadas uma do lado da outra), para sentarmos ao lado. Encostado na parede, pude perceber os quadros autografados (o famoso Deli's Wall of Fame, como descobri depois), e que eu estava diante de duas fotos autografadas, com dedicatória, de dois gênios típicos de NY: Woody Allen e Louis Armstrong. Enquanto me perdi nos devaneios de um filme de Allen com uma música do velho Louie de trilha, chegaram os cardápios (desproporcionais, enormes e poluídos: extremamente americanos). Depois de muito tempo procurando algo no cardápio, tentando entender, decidi pegar um lanche, o Turkeyburger with Cheese and Bacon. Interessante ressaltar que toda a carne consumida no local é produzida por eles mesmos, em uma sede em Jersey. O Rafael queria experimentar o lanche de pastrami visto no Otávio Mesquita, e pediu o "Brodway Famous Danny Rose", ou conhecido como "The Woody Allen".

Depois de uns 5 minutos, chega o "couvert" de entrada: Picles. Muitos picles, de diversos tamanhos (por picles entenda-se apenas pepino em conserva), e dois copos cheios de água mineral. Pensando ainda no que fazer com aquelas informações, chega o garçom com dois garfos. "Ah", pensei, "agora eu sei como dá pra comer os picles..." Pouco tempo após o "couvert", os pratos de nossos vizinhos de mesa chegam.... um T-bone absurdamente enorme com uma igualmente grande baked potato, e um medalhão de sirloin com pure de batatas. Já comecei a ficar com medo do desafio que chegaria pro Rafael (afinal, meu lanche era só um hamburger de peru, não devia ser nada de mais) e nosso pedido resolve dar as caras. Não há como descrever, basicamente, a cara de surpresa. O Turkeyburger era um monstro de quase 500g de carne, com um porco inteiro de bacon e mais toda a produção de uma vaca por ano de queijo.... mas não era 1/3 do tal "Woody Allen". Um lanche com duas fatias de pão de forma e um boi inteiro de pastrami. Sim, é exagero (menos a parte dos quase 500g de carne no hamburger), mas é o que você vai imaginar quando o seu lanche chegar à mesa. A expressão da senhora sentada ao meu lado resumiu tudo: "Uau!". Não era possível comentar mais nada.. uma expressão conseguiu dizer o que todos à mesa pensavam quando receberam os pratos.



Brigando muito comigo mesmo, consegui comer o lanche quase inteiro (deixando o alface de lado), e o Rafael, com muito custo, conseguiu comer um pouco menos da metade do lanche dele. Ao ver que ele não conseguiria comer tudo, o garçom, extremamente atencioso, já perguntou: "doggy bag?". Já respondemos que sim e em menos de 1 minuto o lanche restante estava embalado para viagem. Em tempo, quando ele fez o pedido, o garçom ainda perguntou: O Woody Allen? Só para você? hum..... ok! Na hora, achei que ele estava desprezando a fome absurda que aquele elemento sente diariamente, mas não, ele tinha razão. Na hora de pagar a conta, a segunda surpresa: 35 dolares, para duas pessoas, mas facilmente, os dois lanches serviriam 4 pessoas, ou seja, seria um pouco mais de 10 dolares/pessoa. Na saída, outro susto, um cheesecake de morango dos sonhos: praticamente 30 cm de altura! Mas esse vai ter de ficar para uma próxima viagem. Em um país onde tudo é superlativo, em que o povo tem mania de grandeza, o Carnegie Deli é até um abuso. Como especialista em junkie food, lanches e coisas do gênero, posso afirmar que nunca vi nada igual, nem nos sanduíches ridículos de enorme que crio para poder fotografar. Recomendadíssimo, com todas as forças restantes após um turkeyburger, e um conselho: Vá com dinheiro (pois não aceita cartões) e fome. Muita Fome.

The Carnegie Deli
854 7th Avenue at 55th Street, New York, New York, 10019

Pasta para o frio!

1

Category: , ,

É só as temperaturas cairem que nosso cérebro começa a buscar soluções para nos manter aquecidos de forma saborosa... então aí aparece o desejo por massas, pães, queijos, chocolates... e sejamos sinceros, quem não gosta dessas gulodices de inverno?!

A verdade é que esses pratos são consumidos por todo o ano, mas nesta época eles recebem complementos mais calóricos e totalmente sem culpa!

Então fomos eu e o Di em mais uma de nossas aventuras gastronômicas, junto com um grande casal de amigos, Mari e Paulo, o alvo dessa vez: Cantina Roperto (http://www.cantinaroperto.com.br) localizada na Rua Treze de Maio, 634 – B. Bixiga.

O local não foge a regra do que é uma tradicional cantina italiana: um ambiente descontraído, carregado de madeira escura e muitos quadros e penduricalhos nas paredes. O atendimento também não fugiu do contexto, com garçons já com alguma idade e um pouco atrapalhados, mas nada que comprometa o andamento do jantar.

Depois de passear por muitas opções no cardápio, que vão das pastas ao cabrito, passando por saladas, sopas, etc, nossos amigos pediram um risoto de camarão e eu e o Di, um gnochi ao pesto.

Os pratos servem tranquilamente 02 pessoas com fome, como não era bem o caso, sobraram um pouco... O risoto estava com uma cara boa e bem perfumado, tinha molho de tomate, mas estranhamente não era feito como manda a tradição italiana, ou seja, não era de arroz arbóreo ou carnaroli, ou seja, não tinha aquele cremezinho tão esperado num risoto. Já o gnochi que pedimos estava muito bom: massa leve, sem gosto de farinha e o pesto bem envolvido na massa. O pesto tinha um gostinho acentuado de limão e nozes, pois diferentemente da receita tradicional, o pesto do Roperto leva suco de limão, nozes, amendoim, amêndoas, manjericão e alho.

Para acompanhar as delicias que saem da cozinha, uma dupla de cantores passa de mesa em mesa com um repertorio que vai muito alem da “velha bota”.

A parte de sobremesas deixou um pouco a desejar, mas honestamente, naquele momento nem tínhamos mais barriga para tal deleite...

(valor: por volta de R$ 45,00/pessoa)

Ainda em Paraty...

1

Category: , ,

Fato, comer em Paraty não é algo barato, e nem tão simples. Eu e o Di até nos aventuramos em busca de uma opção mais acessível fora do circuito turístico, mas, o que achamos de opções para “locais” realmente... bem botecos.

Então, já que estávamos mesmo fadados a escolher algum local no circuito “enfiamos a faca no turista, sim e daí?!” da cidade, fomos ao Santa Trindade.

Como eu tenho o hábito de pesquisar bastante sobre a cidade que irei conhecer o Santa Trindade não foi uma opção às cegas, eu e Di já tínhamos lido sobre ele na internet.

O local é estilo um bar, mas como fomos no almoço, tem cara de restaurante. Aliás, essa é bem a definição que se pode encontrar no site http://www.santatrindade.com.br/

Estávamos com bastante fome, então pedimos uma porção de fritas rústicas (dessas com casca que estão na moda) que estava boa, mas, nada de “óóó”... e depois pedimos o File de frango ao pesto de hortelã acompanhado de tomatinhos cereja caramelizados e purê de mandioquinha.

A primeira surpresa foi na apresentação... como pedimos prato para duas pessoas não imaginávamos que ele viria tão bem montado, vejam:



Depois a surpresa dos sabores: o frango estava uma delicia, o pesto (que é um molho quase sólido) feito de hortelã estava super refrescante contrastando com o sabor delicado do purê de mandioquinha e os tomatinhos, hum... de um sabor adocicado que combinava com todos os outros elementos.

Santa Trindade, esse é o nome de outra boa surpresa gastronômica de Paraty!

Praia boa com pizza boa?!

3

Category:

(postado originalmente em 23/04/10)

Tem coisas que parecem realmente impossíveis e uma delas, por exemplo é encontrar uma pizza boa em cidade de praia e/ou no Rio de Janeiro…

Geralmente as pizzas desses locais, são feitas de uma forma, que para mim é um problema: massa grossa, por vezes borrachuda, bordas muito largas e geralmente vem acompanhadas de um tubo de catchup (acho que é para ajudar a engolir, como diria minha vó, o “bate entope”).

Eu e o Di fomos passar 03 dias na simpática cidadezinha de Paraty e, em um dos dias, circulando a noite pela cidade, entre uma pacanda de chuva e outra, eis que surge a pergunta: Onde vamos jantar?

Saltando pelas pedrinhas das ruas (e enroscando o pé constantemente)surge a opção do “Margarida Café” (http://www.margaridacafe.com.br), já quase fora do circuito histórico. O local, muito agradável, segue a linha da maioria dos restaurantes da cidade; apelo à decoração antiga, com musica ao vivo e freqüentado exclusivamente por turistas, até porque, comer em Paraty não é um programa barato.

Resolvemos arriscar e pedir a pizza, pois olhando nas outras mesas, víamos pratos dos mais diversos, muito bem montados e requintados. Então lá fomos nós ao primeiro contra: eles não tinham pizzas pequenas, somente a tradicional 8 pedaços, que para mim e o Di, era muito… mas, ainda sim, Ok. Então pedimos a Três queijos à Fiorentina (ricota, parmesão, gorgonzola, espinafre, alho e bacon) com meia salmão.


Eis que surge a “redonda”, quentinha, feita no forno a lenha; perfeita, massa fina e crocante, na medida!

Confesso que esperava uma pizza boa, pois todos os pratos tinham uma cara ótima, mas tão gostosa, quanto as que encontramos em boas pizzarias de SP, para mim, foi realmente uma surpresa.

Agora, não espere levar aqueles pedaços remanescentes para beliscar no hotel em um lapso de fome noturna… pedimos para o garçom embrulhar p/ viagem… e estamos esperando até agora! Rs.

Onde: Paraty

Valor médio: R$ 45,00/pessoa

Pobrecito del Juan...

2

Category: , ,

(postado originalmente em 23/03/10)

Fazia algum tempo que eu e o Di queríamos visitar o “coitadinho” do Pobre Juan, até que surgiu a união da vontade com a oportunidade.

Fomos numa sexta (para variar) até o Pobre Juan do shopping Cidade Jardim, o que venhamos e convenhamos contradiz um pouco com o “pobre” do nome do restaurante…

O Pobre Juan conta com mais dois endereços e se propõe a trazer fielmente em cada um deles a mais tradicional e suculenta carne argentina e de fato o faz.

O ambiente da unidade do shopping Cidade Jardim é bastante aconchegante, tem um numero razoável de mesas diferentes entre si, iluminação mais baixa, uma adega de vinhos bem montada, e algumas teias de aranha em alguns vãos da parede. Sim, é a realidade… a decoração desta unidade usa muitos elementos como painéis de gravetos para disfarçar o teto alto de shopping que, quando não muito bem cuidados podem trazer algumas más surpresas.

O serviço é prestativo no que diz respeito ao couvert, extremamente bem servido e com reposição constante de pãezinhos quentinhos na mesa, mas, para o atendimento de modo geral, eu classifico o serviço apenas como “bom”.

O cardápio é muito variado no quesito que já se esperava, carne, nos demais itens deixa um pouco a desejar, oferecendo apenas uma opção de massa, por exemplo; nele você encontra ainda duas colunas com preços distintos (ambos caros rs): um é o preço feminino e o outro masculino. Achei uma idéia super bacana servir uma porção menor para a mulher (e mesmo assim a porção ainda é grande) e cobrar o preço justo para isso.

Depois de muitos poréns, e modéstia a parte, por eu e o Di sermos bons conhecedores das carnes hermanas bem (e mal) preparadas optamos por um dos únicos pratos que servem duas pessoas, o “Bife Pobre Juan”, acompanhado de cebolla rellena, papas soufle e bananas a milanesa.

As carnes chegaram exatamente no ponto que pedimos, perfeitas, as papas soufle que são um tipo de batatinha chips inflada e oca, poderiam estar mais quentinhas e crocantes, agora, a cebola recheada, huuum, o que era aquilo?! Era uma cebola enorme (estilo Outback) que aparentemente teve algumas de suas camadas retiradas e substituídas por queijo e presunto, assada na parrilla… fica assim, deliciosa!

Bom, depois de tanto pão quentinho no couvert, a carne (que não consegui consumir toda), os acompanhamentos (exageramos), claro que não sobrou espaço nem para pensar na sobremesa. Uma pena, pois dizem que as que contém doce de leite, são elaboradas com o verdadeiro dulce de leche trazido dos pampas.

Fica a dica, boa carne, bom atendimento, cardápio com boas opções, e um garçon com um espanhol terrível… Pobre Juan (que a essa altura, de pobre, já não tem mais nada). – http://www.pobrejuan.com.br

Eñe e sua cordialidade

1

Category: ,

postado originalmente em 08/03/10)

Quando se vê a letra Ñ (lê-se enhê) logo se lembra da língua espanhola… Uma letrinha de valor fonético igual ao nosso Nh representa de forma sucinta e direta a proposta do charmoso e sóbrio restaurante Eñe localizado na R. Dr. Mario Ferraz, 213 – Jd. Europa – SP/SP.

Como descrito em seu site (http://www.enerestaurante.com.br/), e observado logo em que se recebe o cardápio, o foco do Eñe são as tapas, uma representação simbólica e forte da culinária espanhola, quase tão lembrada em tempos atuais quanto a tradicional paella.

Para quem não conhece, as tapas são pequenas porções de comida para saborear individualmente. Um tradicional almoço espanhol pode oferecer em torno de 30 tapas (mini pratos), podendo incluir até 4 ou 5 sobremesas ao final. Porém, há quem defenda que tapas são apenas aquelas porções de comida próprias para se comer com as mãos, quase como a versão espanhola do recém descoberto “finger food”. Eu, particularmente defendo as tapas como essas comidinhas despretensiosas, mas riquíssimas (tanto em ingredientes como em sabor), próprias para serem consumidas como entradinhas ou servidas em festas (como nossos salgadinhos), pois, esta outra vertente que defende que tapas são apenas pequenas porções de alimento numa refeição super longa deveriam se atentar para o antigo e já existente “menu degustação”.

Enfim, voltando ao Eñe:

Depois de horas de indecisão de onde ir numa sexta feira a noite, resolvemos pelo Eñe e para lá fomos nós. Ele é um restaurante de esquina e tem porte entre pequeno e médio, mesas despojadas, porém, extremamente bem arrumadas. Suas cores predominantes são o cinza, do concreto aparente e o vermelho, presente em diversos detalhes. A cozinha segue a linha “cozinha vitrine”, onde é possível, através de uma parede de vidro acompanhar o vai e vem de poucos cozinheiros.

Na mesa azeite e flor de sal! Sim, a autentica e caríssima flor de sal, que eu e o Di não conseguíamos parar de colocar na boca para sentir sua crocancia. Um garçon passa de mesa em mesa com um cesto de pães caseiros e variados (o que eu mais gostei foi o de cebola) e outro serve pequenas porções de embutidos espanhóis, a base de porco, claro.

Na ocasião nem olhamos a carta de vinhos. O cardápio não é muito extenso (e poderia ter uma impressão melhorzinha), mas digamos que é “o suficiente”. A paella, vi na mesa ao lado, é bonita e bem servida (não tanto quanto da Dona Salete rs), mas escolhemos outros pratos: de tapa, “patatas bravas” e veio uma porção de cilindros pequeninos de batata frita (lembrando a smile) com um creme picante sobre elas, bem gostoso.

De prato principal, o Di escolheu magret com endivia caramelizada com vainilla y naranja e eu bife ancho com pupunha asado y jamon. Os dois pratos estavam perfeitos, meu bife ancho (bem passado) estava muito macio e o pupunha, que vinha desfiado, delicioso. Já o magret do Di estava ao ponto (bem rosada no centro), eu particularmente não gosto assim… mas a endivia… eu já conhecia caramelizada, mas com baunilha (fresca!!!) ficou incrivel!

Não pedimos sobremesa lá, alias, essa parte do cardápio deixou bem a desejar, encerramos com um nespresso acompanhado de biscoitinhos.

Na hora da conta, o vallet já estava incluso, muito pratico e na saída, o carro prontinho jos esperando na porta.

GERAL: A comida é de fato ótima, mas o serviço foi o que mais chamou atenção, desde cordialidade no atendimento, como água sendo reposta no copo sem precisarmos pedir (inclusive tendo os copos trocados) até essa simplicidade de pedirem o carro antes que saíssemos… nada que não pudessem falar que seria o mínimo num restaurante de alta gastronomia, mas que, a maioria nem pensa em oferecer esses pequenos mimos aos clientes.

Gostei, recomendo e volto com certeza.

Lanchonete da Cidade

1

Category: , ,

postado originalmente em 22/02/10)

Já não é a primeira vez que fomos na lanchonete da cidade, e este lugarzinho merece algumas considerações.

O ambiente: Tanto faz se você esta no shopping Cidade Jardim, em Moema ou em algum dos outros endereços, você vai encontrar a mesma parede em tons de amarelo e azul claro, cheia de bolinhas, com lustres coloridos e algum motivo retro, como dita a moda de lanchonetes moderninas. Mesinhas nos cantos com sofazinhos também fazem parte do ambiente, compondo com uma área de espera no balcão, rodeado por banquetas altas. Ou seja, nada de muito incrementado, mas, com carinha de lanchonete de bairro.

Atendimento: Mesmo indo uma das vezes na unidade Moema, que estava bem cheia, o atendimento foi eficaz, tem um quê de cordialidade “blockbuster”, do garçom se apresentar pelo nome e tal, mas, não chega a ser uma excelência em atendimento. Digamos que é um atendimento que não deixa o cliente passar nervoso.

Batatas: as batatinhas fritas são feitas com dentes de alho e ramos de alecrim. Ela pode vir na versão tradicional ou rústica (rodelas com alguns milímetros de espessura fritas com casca). Para mim que adoro alecrim e alho, o gostinho das batatas é maravilhoso, alem do dente de alho vir tão macio que pode ser passado como pasta nas batatas. Porém, de uma para outra, de um pedido para outro, houve variação de sabor e até mesmo no tamanho da porção.

Lanches: Já provei o Mooca (hambúrguer a milanesa, mussarela de búfala, rucula, tomate, berinjela e abobrinha grelhadas e manjericão) e o Supimpa (hambúrguer com cebola, bacon e queijo). O primeiro estava muito, muito bom, porém o segundo estava bem seco, o hambúrguer meio passado demais e a sequência dos ingredientes, na minha opinião, meio falha… a cada mordida a cebola escorregava para fora do lanche e o queijo, somente em cima da carne, não umedecia o pão e nem unia os ingredientes. Já o Di comeu o clássico Amarelinho (Ovo frito na manteiga aviação, queijo palmira derretido, tomate caqui, pimenta do reino e orégano). Este lanche teve exatamente o mesmo problema… estava seco. A combinação é bem gostosa, mas nada que não possa ser reproduzido de maneira até mais brilhante, em casa.

Considerações: é um ambiente agradável, preço razoável e cardápio a contento, porem, senti falta daquele saborzinho de lanche que a gente não consegue reproduzir em casa, sabe?! Pois é esse tal “saborzinho” que nos faz querer voltar sempre…

Magnum Hall: sorvetes em cena

1

Category:

(postado originalmente em 15/01/10)

Está rolando em São Paulo (Rua Amauri, 352 – Jd. Europa; Seg – Dom das 12h às 23h) uma sorveteria temática da Magnum, o Magnum Hall, que tem duração prevista somente até 31/01/10.

O local, com poucas, mas requintadas mesas, imita uma espécie de teatro antigo: decoração pesada, cortinas vermelhas, molduras de quadros douradas e logo de cara, uma garçonete toda animada vestida à moda antiga, bem ao estilo cabaret de ser.


De fundo trilha dos grandes musicais da Broadway e no ar um espírito diva: para as mulheres, um amplo estúdio de maquiagem com um profissional a disposição, que como no momento não tinha nenhuma cliente, fazia sua própria sobrancelha naquele camarim enorme, emoldurado por luzes amarelas que contornavam o espelho.

A idéia ali é valorizar, obviamente, o sorvete Magnum e seus lançamentos (Magnum Devotion Avelãs & Castanhas e Magnum Devotion Cookies) em varias versões moderninhas criadas por cada um dos Chefs dos badalados restaurantes da Rua Amauri. No cardápio sobremesas com nome de musicais, às vezes surpreendentes, às vezes ignoráveis, como a combinação de sorvete Magnum com salada de frutas.

Mas há grandes montagens como o Magnum na versão dos sapatinhos da Doroty, ou Magnum numa cesta de suspiro e calda de gengibre.

O Di pediu a versão de Magnum com mousse de iogurte e biscoitinho de amêndoas e eu pedi Magnum enrolado numa panqueca verde acompanhado de calda de capim limão e chantilly. O sorvete, era simplesmente o sorvete, a calda de capim limão uma delicia, mas nada absurdamente elaborado, alias, ali a grande sacada foi a refinamento do modo de servir um sorvete no palito.

Feitos os pedidos, hora de esperar um pouquinho… de repente se inicia “New York, New York” num volume assim… alto, e vem uma dançarina rodopiando ao redor da mesa enquanto, logo atrás, vem o garçon com os pedidos. Ou seja, nem um pouco indicado para quem tem problemas com timidez. rs

Tudo muito lindo, glamuroso, se as sobremesas nao viessem trocadas. Mas foi de fato engraçado, ja que quando notaram o erro, tiraram a musica bruscamente.

Depois do erro reparado foi hora de curtir o sorvete, mas nao espere nada alem do sorvete, a menos que vc queira gastar R$ 13,00 em uma agua mineral com gás.

Qualquer sobremesa sai por R$ 15,00 e somente o sorvete Magnum por R$ 4,50 (não se surpreenda se vc ver seu prato atravessando a rua, pois eles são preparados do outro lado, na Forneria San Paolo).

Fora isso, ao final, vc recebe uma especie de cartão fidelidade com pontos, proporcionais ao seu consumo. A partir de 80 pontos já se pode fazer a troca por gifts super bacanas e de marcas famosas, mas claro, para os mais bacanas é preciso consumir muuuito Magnum no Magnum Hall.

Magnum Red Love

Em resumo, vale a visita, uma ou duas talvez e o bom, que saindo dali, pode-se tomar um cafezinho na Starbucks e comprar um bom vinho na Enoteca Fasano para saborear finamente momentos depois.