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Entrecôte de quem???

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Eu ainda estou num ritmo meio frenetico, me adaptando à nova vida de morar sozinha, saindo cedo de casa e voltando, nao tão tarde assim, mas tendo na cabeça uma lista de coisas domesticas a fazer. Além disso, a conexão 3G da Claro tem me oferecido experiencias quase emotivas, fazendo me lembrar daquele velho modem que rangia como um gato sendo torcido dentro da cpu para conectar a uma linha discada, ou seja, impossivel tentar sequer abrir a pagina do blog para postar alguma coisa... a lentidão desanima...

Então peço desculpas aos meus poucos e bons leitores pela demora na atualização do blog, mas na medida do possivel vou tirar o atraso.

Hoje vou falar de um daqueles dias que meu desejo era simplesmente chegar em casa, colocar o pijama e deitar... mas, de uma maneira bem curiosa (dando sumiço no meu pijama) o Di me convenceu a sair para jantar.

A principio, eu não sabia aonde estavamos indo, mas depois de uns 40 minutos estacionamos na frente do tão falado “L´Entrecote* de ma tante”.

Como era um dia de semana e relativamente cedo (era nossa segunda tentativa de ir lá), entramos rapidamente e logo fomos acomodados em uma mesa. O meitre logo nos atendeu com uma pergunta que soou como um inquerito: “Já conhecem o esquema da casa?”... a resposta foi “sim”, pois já tinhamos lido muito sobre o local, mas achei que ele poderia ter sido mais cordial, mas sem o exagero do Applebee´s (rs).

Recebemos a carta de vinho, que, “para variar” não oferecia opções de meia garrafa ou taça, mesmo, constando para venda e como o Di não bebe... uma garrafa seria um exagero. E mais uma vez fiquei sem vinho, pois só fomos saber das outras opções bem depois. Mas ao ver a mesa ao lado, percebi que não valia a pena pedir taça de vinho lá, eles servem o tinto em uma taça “iso” que é uma taça pequena, usada somente para degustação, não servem o vinho comprado em taça, em uma taça regular de tinto.

Perguntei que sucos eles tinham, pois também nao havia no cardapio e a resposta foi “laranja e limão”. Eu não achei que eles levavam a padronização tão a serio! Ao mesmo tempo o garçon perguntou em que ponto queriamos a carne, para mim, sempre bem passada e para o Di ao ponto. Aí a gente percebe como brasileiro não entende nada de carne, que sempre acha que bem passado é algo entre pneu recauchutado e sola de sapato e que a carne levemente rosada no meio é a mal passada... Enfim, adendos a parte, literalmente, meu suco de laranja estava bem ruinzinho, sem gelo e com um gostinho de artificial, alem de vir naqueles copos altos e esguios, que para tomar até o fim vc termina encaçapando o nariz dentro do copo de tando que tem que entorna-lo.

Chegaram as saladas padrão: folhas (de alface) com um molho (ponto). Só depois fui descobrir que era de mostarda, porque nao senti o gosto.



Voltando a carne, o garçon marca com caneta, no papel que recobre a mesa o estilo da carne que o cliente pediu... do lado do Di letra P de “ponto” e do meu lado “BP” de bem passado. Achei isso meio feio, sei lá, poderiam colar uma etiquetinha na mesa ou simplesmente colocar um cartãozinho sobre ela... Assim que terminamos a salada veio o tal do entrecote* ladeado de fritas. Para mim e para o Di a carne estava espetacular, suculenta e muito macia e as batatas, huuum... bem pequenininhas, davam a impressão de serem cozidas e depois fritas, pois eram bem macias no centro. A parte mais legal das batatas é que uma garçonete incansavel passa inumeras vezes repondo o carboidrato do seu prato.

O MOLHO DA TIA NICOLE – Capitulo 1 a parte:
O tal do molho do entrecote (reposto uma vez nos pratos) é o que tanto atrai o publico ao restaurante. Um molho verde escuro e levemente espesso com 21 ingredientes ultra secretos. Delicioso e instigante, afinal, o que eu estou comendo ali? (imagina se sou alergica a alguma coisa?! Quase um catchup Heinz rs). Só sei dizer que é uma emulsão leve de azeite (como uma maionese rala), pois, não sei ele tinha “desandado” um pouco ou se é assim mesmo, mas o azeite estava claramente se desligando dos demais ingredientes. Também senti um gosto carregado de salvia e alecrim, mas como os ingredientes são secretos, tudo isso pode ser puro delirio da minha cabeça.

A SOBREMESA – Capitulo 2 “A parte”:
Quando for ao L´Entrecote de ma Tante não invente moda, já se entupiu de batata frita, não vá querer economizar na sobremesa e peça logo a Mousse Royal de chocolate. Você vai sentir um pouco de vergonha quando o garçon for lhe servir, já que ele vem carregando uma travessa gigante (não, não é brincadeira) e com aquelas colheres do tipo “colher de arroz grande” lhe serve a mousse ao estilo presidiario, sabe, quando nos filmes eles servem pure de batatas e tem que sacudir a colher para cair a massa espessa? Pois é, é bem isso... e de verdade, não se acanhe, diga para o garçon encher o prato (ele só para de servir qdo vc pede) porque, acredite, você vai sim comer toda aquela montanha de mousse. Gente, eu já comi mousses maravilhosas e vou dizer, o sabor dela até me era familiar, mas a textura, nossa, incrivel... sutil, aerada, leve e cremosa, com pedacinhos de chocolate quase derretidos no meio, geladinha, perfeita. E porque nao se acanhe em encher seu prato? Simples, porque eles fazem vc acreditar na reposição, mas vem a pegadinha do Mallandro e... tchanam.... a sobremesa eles não repõem! (Infelizmente, mas otimo para o ponteiro da balança).



Em suma, espere um preço “ok” pela entrada + prato principal (R$ 47,90/pax), caro nas bebidas, atendimento nem tão bom, nem ruim, carne e molho impecáveis e uma sobremesa de sair rezando.

Aproveite e delicie-se com o legado da titia Nicole!

http://www.bistroentrecote.com.br/

* Entrecote: seria a mais francesa das carnes bovinas, ao pé da letra significa " entre as costelas". O entrecôte é a continuação do contrafilé e é reconhecida a mais suculenta das carnes.

Alta gastronomia em São Bernardo? Tem sim!!!

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Um dia desses, o Di e eu recebemos um convite de nossos amigos Mari e Paulo para jantarmos.

Eles ja haviam comentado diversas vezes sobre um restaurantezinho, aqui mesmo em São Bernardo, mas eu e o Di nunca lembravamos o nome, ou, nunca lembravamos desta opção tao pertinho da gente.

Mas eis que surgiu a oportunidade e fomos levados a conhecer o Restaurante Madalena: um sobrado simpatico escondido numa vilazinha proxima ao centro da cidade, em resumo, um daqueles lugares quase exclusivos, como um clubinho que só se entra quando se é apresentado.

De cara flores, móveis de madeira de demolição, mosaicos e o atendimento do chef e proprietário Valter Pereira, que diz preparar as receitas com ingredientes cultivados sem agrotóxicos, num sítio em Guararema.

Mesmo com aparencia simples o cardapio não tem nada de modesto: são paginas e mais paginas das mais deliciosas e inimaginaveis combinações gastronomicas. Agora, imagina, se eu e o Di ja somos indecisos com poucas coisas, com centenas (e não é exagero) de itens no cardápio a duvida era inevitável.

Fomos guiados por nossos amigos, que por mais que frequentem o Madalena assiduamente ainda nao conseguiram se deliciar com o cardapio todo, mas, até eles foram pegos de surpresa quando o menu agregava mais uma recheada pagina de pratos de inverno, todos eles com pinhão, colocado de alguma forma inventiva e diferente.

De entrada pedimos uma porçao de pasteizinhos recheados de truta com pinhão... maravilhosa; e, eu e a Mari, aceitamos de cortesia um caldinho de mandioca.

Aí depois de tanto ler, reler, pensar, debater, refletir e quase querer escolher varios pratos de uma unica vez foram eleitos:

Mari: pediu um prato a base de truta, arroz branco, pinhão crocante, batatas gratinadas.




Paulo: foi de Entrevero, uma especie de cozido de carnes de frango, cabrito, linguiças, bovina, feitos no molho de tomate, acompanhado de arroz e farofa de pinhão.




Di: uma suculenta picanha com um molho delicioso de cerveja preta e pinhão, arroz branco e farofa de pinhão.




Eu: truta recheada com parmesão e gorgonzola coberta com pinhão crocante, acompanhada de arroz de pinhão e batatas gratinadas.




Como podem ver, os pratos são hiper bem servidos e o preço, completamente convidativo e justo. Um prato, individual, tem media de preço de R$ 30,00... imagina, um prato “parecido” como esses num desses points badaladinhos de São Paulo, nao sairia por menos de R$ 50,00 (sendo otimista).

Em resumo: se vc quer comer e beber bem, ser bem atendido, não enfrentar filas, num local simples mas acolhedor e ainda se deliciar com alta gastronomia, visite:


http://www.rmadalena.com.br/
Rua Mário Zampieri, 45 – São Bernardo do Campo - SP - Tel: 4338-8142