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Skye - Unique

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Que o Unique é um hotel categoria "desbunde" aqui em SP, todo mundo ja sabe, mas, eu ainda não tinha tido oportunidade de conhecer seu restaurante, o Skye.

A vista deve ser exuberante, digo, deve, porque não tive vista nenhuma... O elevador panoramico que vai até a cobertura, passa entre a coluna do proprio prédio e ja lá do alto, de noite, se vê algumas poucas luzes. Talvez do outro lado pudessemos apreciar melhor a vista, mas não foi o caso, até porque, no dia, uma segunda de carnaval, o céu estava um pouco encoberto.

Chegamos e depois de um tempinho apareceu a recepcionista (não elevo ela a categoria de hostess, desatenta) e logo nos bombardeou: "Vão jantar ou ficar no bar?"

1) não conheço o cardápio, como eu ia saber o que eu ia fazer? Acho que ela deveria ter sugerido, sabe aquelas baboseiras que gostamos de ouvir? "Ah, hoje a vista no bar está linda" ou "hoje nossos pratos estão fantásticos".

2) Também senti assim: Bar = jovem que vem beber agua e se marcar no FB. Jantar = pessoa com dinheiro.

Sim, como já é esperado, é um lugar caro, pelo menos para nós, os classe média. Um prato individual qualquer não sai por menos de R$ 60,00 (fora a pizza broto por R$ 40,00).

O local realmente é bonito, mas demos um azar danado e ficamos nessas mesas a esquerda da foto (optamos jantar), completamente desconfortáveis para quem mede menos de 2mt de altura... Cadeira extremamente alta, vc tem que ficar se empurrando para a frente com a bunda, sabe como é? Dando aqueles pulinhos barulhentos que vc torce para ninguem ter ouvido o "Tum-tum-tum" da cadeira no chão.

Ah, isso sem falar a distância que vc fica da outra pessoa, bem dificil de conversar.



Apesar de muito eclético, achei o cardápio fraco... não sei se estou mal acostumada com as 140 opções do restaurante Madalena ou se estou ficando aborrecida com cardápios que trazem mais opções de sushi que qualquer outra coisa...

Após passar pela recepção o atendimento foi muito prestativo, naquele esquema que nós gostamos, que ficam repondo as bebidas sem ficar precisando pedir "mais uma água por favor".

Eu li e reli o cardápio e acabei no "Risoto PF" - risoto com feijão, queijo coalho e carne seca, acompanhado de banana empanada na castanha de caju (estava fria e murcha, apesar de saborosa), ovinhos de codorna fritos, farofa de sei lá o que (não me lembro mesmo) e couve frita (está na moda). O prato belissimo, assim como todos que vi chegando em outras mesas, bem montado, saborosissimo!

O Di pediu um magret de pato cozido em baixa temperatura, acompanhado de purê de batata doce, pupunha ao molho de pimenta verde e uvas passas maceradas. O pato chegou na textura, temperatura e ponto perfeitos, com um ótimo purê, mas as uvas passas maceradas passaram muito longe. Extremamente cuidadoso na concepção do seu carápio, o chef Emmanuel Bassoleil deveria pensar em alguns pratos que se tornassem visualmente mais atrativos em um ambiente de tão pouca luz quanto o Skye. O Magret de pato, apesar de delicioso, não era nada apresentável por ser um prato essencialmente escuro. 

O ambiente era tão escuro que foi impossível a câmera do celular registrar qualquer foto, e não queríamos incomodar aos visitantes com nosso flash muito forte. 

Fim de jogo e depois de uma salgada conta (típica da "alta gastronomia paulistana", que preza mais pelos valores do que pelos pratos), optamos por, ao invés da pequena carta de sobremesas do local, sairmos para o já tradicional sorvete da Ofner, desta vez, estranhamente vazia, mesmo se tratando de uma véspera de feriado...


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